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Francisco Russo
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687 críticas
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2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
De um documentário sobre um dos principais pianistas da atualidade pode-se esperar de antemão uma excelente trilha sonora. Porém "Nelson Freire" é mais do que isso. O filme é cativante principalmente pela simplicidade de seu protagonista, que com seu jeito calmo e humilde pouco a pouco vai conquistando o público. A divisão do documentário em pequenos trechos serve ainda para torná-lo bastante ágil, mesclando informação sobre música, sobre o próprio Nelson Freire e ainda situações pitorescas envolvendo o músico, como a entrevista concedida à beira na piscina e os problemas que teve com o piano, pouco antes de um concerto. Muito bom filme."
Fazia muito tempo que eu não via uma platéia de cinema aplaudir a um filme. O documentário de João Moreira Salles conseguiu tal proeza neste sábado, 3 de janeiro de 2004. Uma das razões que explicam essa reação foi a forma pouco didática por ele utilizada. Explico melhor. O que poderia ser uma sucessão de eventos biográficos de Nelson Pinto Freire, considerado o maior pianista brasileiro, se transformou num retrato fiel do músico. Pela relação de Nelson Freire com a música muito mais se fez dizer do que centenas de informações a cerca de sua vida. Ele nasceu em Boa Esperança (MG) em 1944. Sua saúde era frágil. Já o seu gênio era tamanho que aos 6 anos fazia recitais e o seu professor de piano recomendou que procurasse um mestre mais habilitado no Rio de Janeiro, pois o que ele podia ensinar já havia se esgotado. Ao contrário do que muitos pensam, o gênio só atinge o máximo com muito esforço. Nelson Freire teve de estudar muito uma passagem de Rachmaninoff, se não me falha a memória (não sou grande apreciador de música clássica, diga-se de passagem), para que no concerto em São Petesburgo tudo saísse às mil maravilhas. Digo isso pois é comum imaginar-se nesta terra tupiniquim que o gênio não precisa de trabalhar arduamente para que a sua arte atinja um grau excepcional. Nelson Freire, lá pelas tantas, vendo um show do falecido pianista de jazz americano, Errol Garner, disse que gostaria de tocar de forma improvisada toda a noite. Me deu a impressão que a música clássica mais exige - em treinamento, sacrifícios e solidão - do que dá em troca, isso referente a Nelson Freire. Salles acompanhou-o durante alguns meses de 2001 no Brasil e na Europa, e mostrou a nós brasileiros, um pouco deste fenômeno chamado Nelson Freire.
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