A vida e seus mistérios.....como de uma hora para outra, vamos do inferno ao céu ou como caímos do Paraíso direto para as mãos do diabo. Como imaginar que no futuro, após um passado com o suor do trabalho de seu pai imigrante, que trabalhava 24 horas por dia para lhe dar conforto e educação e você o admira por isso, cresce com toda a orientação lhe dada, sendo um jovem carinhoso, determinado, esportista e que chega a se tornar um homem respeitado, que honra a herança de seu pai, humilde, trabalhador, que acolhe a todos, sem preconceito, casa com uma mulher que cresceu em um ambiente cheio de dificuldades e que a única vantagem que teve foi nascer bonita, têm uma filha linda e que adora animais tendo um pequeno problema de gagueira, acaba com sua mulher enlouquecida, te traindo e, sua pequena bebê, seu tesouro sendo uma terrorista?
Eu não queria estar na pele de Seymour Levov, o Sueco, personagem do ótimo ator Ewan McGregor (TRAINSPOTTING - SEM LIMITES de 1996) que resolveu dar uma de diretor nesta adaptação da obra literária homônima de 1997, escrita por Philip Roth. E MacGregor manda muito bem em seu primeiro trabalho na direção de uma película! Acertou na Fotografia, na Trilha Sonora, na escalação do Elenco, no Trailer que é FUNCKFENOMENAL, em quase tudo......só esqueceu de atuar bem.
O Enredo escolhido é bom demais e triste igual. Um homem do bem que vê sua vida perfeita se despedaçar em suas mãos, mas que ele não perde as esperanças, juntando os cacos que não querem mais serem colados. Enquanto a belíssima atriz Jennifer Connelly (RÉQUIEM PARA UM SONHO de 2000 e Dio Mio, como ela é linda e talentosa) e Dakota Fanning (CHAMAS DA VINGANÇA de 2004 e rapaixxx, como ela cresceu!) demostram tamanha qualidade em atuação, MacGregor nos entrega um personagem meio inerte, bobo demais, sem reação à situações que necessitavam uma posição mais enérgica. E quer acreditar ou não, isso prejudicou a trama que ia muito bem. Enquanto na primeira metade da narrativa justificava o sorriso em seu rosto, do meio ao final ele não soube transmitir o peso de carregar os problemas e ainda ter que comandar uma empresa no meio de protestos e muita violência. E a partir deste mesmo ponto que a narrativa também sofre um pouco e é deixado de lado os conflitos externos para o foco no familiar.
Mas no geral temos um bela/triste obra cinematográfica e não tenho dúvidas que o trabalho do escritor Roth deve ser muito mais detalhado, explorando mais a fundo o caos que foi os anos 60 para os EUA durante a Guerra do Vietnã e ainda o drama de uma marido/pai ter que superar tudo isso e ver seu "reinado", admirado por muitos, ruir...
Caramba, como uma música, uma companhia, uma leitura, uma cena na televisão pode nos moldar para o resto de nossas vidas.....
É, talvez nunca saberemos o porquê da cruz que carregamos, que muitas vezes pesa e muito..... Nunca saberemos se devemos largá-la ou segurá-la com todas as forças..... Nos desprender das coisas nos deixa mais felizes ou o sofrimento atual nos levará a eterna felicidade? São escolhas que só cabe a mim ou a você escolher qual seguir...