No meio de um governo militar autoritário, um líder de esquerda pacifista e contrário ao armamento nuclear (Montand), é atingido em um atentado em praça pública, quando saía de um comício por homens (Salvatori, Bozzuffi) contratados por pessoas do alto escalão do governo.
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Assisti ao filme em 1978, com 18 anos. As coisas eram chocantes. Hoje elas são, para mim, cotidianas, É impressionante acompanhar a vida, a história, sua vida com os exemplos cinematográficos. Hoje, julho de 2020, muita gente jovem não se conformou com as notícias da noite. Os vaí e vens da Lava Jato... Nome, Prenome, Profession?
Ainda que tudo ali na iminência dos anos 70 pareça ficar em uma posição bastante distante da nossa realidade do mundo moderno - até a maneira de se fazer filmes - é espantoso o quanto esse aqui consegue estar bem fresco e condizente com a atualidade em que vivemos. Guardadas as devidas proporções, principalmente temáticas, claro. Não é lá muito fácil de acompanhar, há um certa verborragia aqui e ali, mas até isso é bastante imprescindível para que o filme alcançasse até onde ele consegue chegar, aproximar da realidade, onde explicita-se em seu letreiro inicial bastante irônico. Tudo selado por um trabalho de direção sarcasticamente documental, enquanto constrói concomitantemente, um verdadeiro suspense político. Costa-Gravas soube muito como provocar e a cena final lacra completamente essa mensagem: apesar de uma desesperança absurda, existe um cinismo pontual na forma com que ele conta como aqueles personagens terminaram depois de tudo o que vimos no filme. E é por tudo isso que resistiu tão bem ao tempo.
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