É um excelente filme, bem dirigido e com excelentes atuações. O filme pode parecer arrastado, com cenas longas e muitos momentos contemplativos, mas tais cenas transmitem sensações semelhantes as do livro e auxiliam a caracterizar os personagens. A segunda metade do filme consegue transmitir o drama de maneira convincente, e não há como não se envolver no sentimento de melancolia posta nos momentos finais. Os momentos de sensualidade e erotismo nos fazem sentir na pele do Humbert e entender aquilo que o personagem sente - mesmo que repudiemos a sensação logo em seguida dado o contexto todo.
O filme perde apenas uma estrela pelo fato de não deixar claro um elemento importante do livro - a ideia de um narrador não confiável. Há pouca ambiguidade na visão apresentada nas telas, e isso pode levar espectadores ingênuos a obterem uma ideia errada da estoria, romantizando uma relação que se firma como abuso desde as primeiras páginas do livro. Somos levados a sentir mais pena do protagonista que repulsa, sendo que o livro nos faz transitar entre um sentimento e outro com mais maestria.
Lamentável como tem pessoas que dizem que a história não tem pedofilia,sendo que a menina tem apênas 13 anos e o "padrasto"entre os 40,no início do filme ela ainda é inoscente e se comporta de maneira lúdica,da para ver que é uma criança carente sem atenção da mãe,sem figura paterna que amadureceu de maneira forçada por influência do padastro,onde ela encontrou atenção e acabou se apaixonando por alguém muito mais experiente,que podia ter evitado toda situação,e se fosse a filha de vocês no lugar dela ainda daria um "belo filme"?spoiler: spoiler:
Filme para adultos, que atende a diversidade do mundo, que mostra uma realidade diferente da comum. O que não pode é confundir com temas modistas e preconceituosos. Retrata situações incomuns de uma vida de uma garota.
Um filme magnífico. Jeremy Irons consegue ter uma atuação impecável em um papel que exige bastante talento. E isso ele tem de sobra. Dominique Swain no papel de Lolita simplesmente esbanja toda a sutileza e sensualidade necessários. Sua beleza aliada com sua forma de interpretação conduzem bem a história do filme e fazem com que o telespectador entenda com clareza o que se transpassa na sua relação amorosa com Humbert. Enfim, um filme que demonstra até que ponto o amor é capaz de unir um homem e uma mulher, independente das suas idades, sem regras, sem obstáculos, somente através do desejo de serem felizes. Independente se o filme não é fiel ao livro de Vladimir Nabokov, a diretora conseguiu adaptar de forma brilhante a história.
ainda não sei se gostei do filme, é envolvente a sexualidade entre os dois e nenhum momento vemos como pedofilia e sim com um amor mal ressolvido, a personagem Lolita transmite sexo e ingenuidade e ao mesmo tempo nem é, e isso é incrível
O filme quebra uma das principais ideias do livro: mostrar que o protagonista tenha problema. Ao longo do livro é mostrado que o amor que ele sente por Lolita pode realmente ser considerado um amor de verdade, mas por um bom tempo a história mostra que o personagem tem um problema, de se sentir sexualmente atraído por crianças. No filme, eles sensualizam a jovem Lolita em diversas cenas, o que de certa forma vai favorecendo o ponto de vista do protagonista, fazendo com que o telespectador tenha a mesma visão dele, sem assumir isso como um problema. Pra mim esse é um detalhe crucial da história que 'quebra' tudo o que vem a seguir. No mais, a atuação de Jeremy Irons é magnífica e o filme consegue se manter interessante durante toda sua duração.
Escritor maduro e melancólico desde a morte de sua amada ainda na adolescência, se encanta ao ver Dolores uma adolescente de 14 anos lendo uma revista deitada na grama e se molhando com o esguicho de água automático do jardim. Conforme vai ficando nesta casa que o hospeda, acaba por se casar com a mãe, que se acidenta e morre, transtornada com as intenções dele para com a filha e pelo seu desprezo para com ela (bela Melanie Griffith, pode?). O filme avança e ele sobre a menina, mas acabam sendo seguidos por um bissexual também encantado por ela. Difícil entender a obsessão de um homem maduro por uma quase criança, beirando a pedofilia por alguns anos de diferença. Razoável, com bons atores.
Por conta de um conservadorismo por vezes exagerado, o grande público em alguns momentos da história do cinema, perdeu a chance de acompanhar verdadeiras obras de arte. Desde seu lançamento como um romance, escrito pelo russo Vladimir Nabokov, em 1955, "Lolita" causou polêmica e foi considerado pela massa como um romance "sujo" e "pervertido". Somente anos depois ganhou o status de "um dos romances mais importantes do século XX". Foi adaptado para a telona por Stanley Kubrick, em 1962, e mais tarde em 1997, pelas mãos de Adrian Lyne...este o qual tive o prazer de prestigiar ainda na minha infância. Com uma música bela e melancólica, composta por Ennio Morricone, um charmoso Jeremy Irons faz o papel de Humbert, um professor de meia idade completamente obcecado por uma garota de quatorze anos, Dolores...ou "Lolita". Dominique Swain dá o tom da trama o tempo todo e rouba a cena, personificando perfeitamente a lendária personagem. Dona de uma lascívia latente, perturbadora e inocente, Lolita, ora parece não ter noção de seu poder de sedução, e em outros momentos parece completamente consciente de sua sexualidade ainda coberta por um adorável ar infantil. Tudo está fora de controle... Até que ponto Humbert pode ser considerado um aliciador de menores? Até que ponto pode ser visto apenas como um homem loucamente apaixonado? Como era de se esperar...na época de seu lançamento...o filme encontrou dificuldade em conseguir produtores...foi recebido com opiniões mistas...e teve um desempenho comercial decepcionante...sendo considerado um fracasso. Ao meu ver...um belo filme... Uma obra de arte...me arrisco a dizer...
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