Tá certo que a personagem Bridget Jones (Renée Zellweger) tem com uma de suas características a briga constante com a balança (esta a grande inimiga de boa parte das mulheres ocidentais). Ela engordou demais. Parece um balão em plena festa de São João! As suas bochechas parecem ter sido infiltradas com 1 litro de silicone! Voltando à temática propriamente dita, Bridget namora com o advogado "conservador" Mark Darcy (Colin Firth). O que pretensamente seria o relacionamento ideal para Bridget, também mostra que tem várias arestas e.... lá se foi ele latrina abaixo. Após um período em que a heroína se dedicou ao consumo de alimentos com alto teor de carboidratos, surge a oportunidade de que ela volte à ativa profissionalmente, tudo orquestrado pelo seu "ex", Daniel (Hugh Grant), mais encantador do que nunca. Ambos viajam para a Tailândia para fazer um programa desses que habitam o canal National Geographic, sobre as excentricidades gastronômicas e comportamentais daquele país. A beleza natural do país, a solidão e a lábia de Daniel quase que convencem a heroína das platéias femininas de todo o mundo a ir para a cama com o gostosão. Como ele já havia contratado uma prostituta tailandesa para entender melhor o país que ele retratava em seus programas, ficou difícil convencer Bridget a respeito de sua sede de conhecimento. Esta acaba sendo usada por um traficante de drogas britânico que coloca uma quantidade grande de cocaína numa lembrança que Bridget carregava em sua bagagem. Resumindo: a heroína acaba na cadeia, e num dos momentos mais engraçados faz um número musical (Material girl, de Madonna) com as outras detentas. Todos já sabem como o filme irá terminar. O grande erro da diretora inglesa Beeban Kidron foi achar que as mulheres iriam simpatizar com Bridget por se sentirem semelhantes a ela, ou seja, as gordinhas, as sem graça, enfim, a maioria do público feminino. Até aí, eu concordo. Mas achar que os homens se importam apenas com o conteúdo e não com a aparência, aí eu sou obrigado a discordar com letras garrafais.
Uma sequência desnecessária, nem tanto pelo retorno dos personagens às telas mas pela própria história apresentada. Após o sucesso de "O Diário de Bridget Jones" era até mesmo óbvio que uma continuação seria produzida, ainda mais com o 2º livro já tendo sido escrito na época. Só que a história é completamente óbvia, apelando para clichês, repetindo piadas e perdendo o frescor de novidade que o filme anterior possuía. Simplificando, trazendo de volta os personagens para fazerem exatamente a mesma coisa. Não que o filme seja ruim, não é isso. Mas é bastante decepcionante, especialmente ao lembrar o quanto "O Diário de Bridget Jones" era divertido. Neste filme pouquíssimas piadas funcionam, explorando novamente situações como a calcinha gigante e a bunda de Bridget na TV. Certos rumos que a história possui, como a ida à Tailândia, soam forçados e até mesmo sem imaginação - este trecho do filme lembra muito "A Viagem", por exemplo. Há ainda a presença do personagem de Hugh Grant, que também não tem grande importância na trama e apenas se repete em relação ao primeiro. Ainda assim este novo "Bridget Jones" tem algumas qualidades. A trilha sonora, novamente, é boa e bem escolhida em relação às situações do filme. Renée Zellweger está bem em cena, simpática, apesar de não brilhar. A trama de Rebecca tem um desfecho que surpreende, apesar de também não ser nada de sensacional. No geral um filme mediano, que se assiste quase que impassível, sem grandes risadas nem momentos de tédio. O primeiro filme merecia uma sequência melhor.
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