É uma refilmagem de uma película estrelada por James Stewart em 1965, sob a batuta de Robert Aldrich. O piloto de aviões Frank Towns (Dennis Quaid) é enviado pela sua companhia para o deserto de Gobi, na Mongólia, para trazer de volta uma equipe que estava tentando achar petróleo, porém, sem sucesso. No trajeto da viagem de volta para casa ocorre uma tempestade e o avião cai no meio do deserto. Os sobreviventes irão se alimentar de pêssegos, palmito e as reservas de água que o avião possuía. Nesse ínterim, todos nutriam a esperança de que fossem resgatados. Como não há indício algum que a equipe será achada no meio do deserto de Gobi, o projetista de aeroplanos, Elliot (Giovanni Ribisi) sugere que se faça um novo avião com o que sobrou do antigo. A nave será batizada de "Fênix", que na mitologia egípcia renasce das cinzas, tal como ocorrerá com os sobreviventes do acidente aéreo. A queda do avião divide o filme em duas partes. A primeira delas é repleta de ação, o lado técnico é impecável (a tempestade, o deserto, as tomadas aéreas, a parte computadorizada), deixando o espectador ansioso por saber o que virá a seguir. Da mesma forma que o avião, a narrativa se afunda no meio do deserto, pois ainda não há efeito especial que torne os personagens mais interessantes e com algo verdadeiramente importante a dizer. E para o agrado das audiências globalizadas, no avião temos dois negros, um mexicano, um australiano e uma mulher. Assim os donos dos estúdios de cinema pensam em arrecadar mais dinheiro de todas as "tribos". A ambivalência com relação ao protagonista, o piloto Frank é atroz: no início ele é mostrado como um egocêntrico, e ao longo do filme torna-se uma espécie de herói. O mesmo pode ser aplicado ao personagem Elliot, um excêntrico, que consegue chefiar uma equipe para que uma nova nave fosse construída,e, na verdade, ele desenhava aeromodelos. A melhor saída para o diretor John Moore era modificar o roteiro e não deixar o seu filme cair na areia do deserto ao custo de R$ 60 milhões.