Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
William
151 seguidores
173 críticas
Seguir usuário
5,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Ótima direção e excelentes atuações, destaque especial para Javier Bardem que interpretou de forma espetaular seu personagem, o filme é lindo e emocionante, a história de Ramón Sampedro não poderia ter sido contada de melhor forma. A trilha sonora tbm da um show!
A direção do filme é espetacular, assim como a atuação do Javier Bardem. A Belen Rueda está linda como sempre e dá um toque de beleza e charme feminino ao filme - coisas que a personagem "Rosa" não tem. A cena em que Ramón ouve Nessun Dorma e sai voando até a praia é belíssima, assim como a cena em que ele vai embora de ambulância e seu sobrinho sai correndo atrás do carro. O poema é lindo. Enfim, o filme não merece outra nota senão um belo 10, com estrelinhas.
O filme é baseado em fatos reais e versa sobre a história do pescador espanhol Ramon Sampedro (Javier Bardem) que ficou tetraplégico após um acidente no início dos anos 70. Nos 25 anos que se seguiram Ramon luta para morrer. Amenábar coloca o espectador na perspectiva de Ramon, ou seja, faz um filme em favor da eutanásia. Todo o sofrimento, o desalento, a revolta de Ramon com a sua condição são mostrados de forma irrefutável. Os espectadores se deparam com a tragédia de Ramon sem que o melodrama ditasse a forma narrativa do filme. Ramon Sampedro interpretado de forma emocionante por Javier Bardem, é um homem articulado. Escrevia poemas com a boca (o título do filme é em homenagem a um desses poemas), tinha uma inteligência aguçada e mostrava-se determinado para conseguir o seu objetivo que era ganhar a batalha legal que permitisse morrer. Quando a advogada Julia (Belen Rueda) entra em cena, a gente imagina que a paixão entre os dois possa dissuadí-lo de sua batalha jurídica e passe a lutar pela vida. É importante que se diga Julia é portadora de esclerose múltipla (uma doença que evolui em surtos e que provoca limitações motoras e sensitivas, não existindo uma cura para a mesma), o que de certa forma a iguala a Ramon. Mas em questão de amor quem brilha é Manuela (Mabel Rivera), cunhada de Ramon Sampedro, que cuidou dele desde o acidente. E cuidou dele de forma amorosa, com compaixão. Apesar disso, ela própria era favorável a que Ramon pudesse escolher o seu próprio destino. Já o irmão mais velho de Ramon era totalmente contrário a eutanásia. Chega a ser cômica a cena em que um padre tetraplégico vai até a casa de Ramon para tentar dissuadí-lo de suas idéias. Após ouvir algumas colocações sobre a história da Igreja Católica o padre põe o rabo entre as pernas e vai embora. Ramon sempre tinha uma resposta na ponta da língua quando alguém argumentava que a vida é um bem divino. "MAR ADENTRO" não é um filme deprimente. É um filme sobre a vida, sobre o espírito humano quando está diante de uma situação sem saída. Cabe ao espectador chegar às suas próprias conclusões. Nota máxima para Javier Bardem, Belen Rueda e Alejandro Amenábar, que na cena final com o vôo panorâmico sobre as terras da Galícia em direção ao mar e com a poesia de Ramon Sampedro termina de forma antológica o filme.
Não tem como não dar 10 para um filme que fala de um tema mórbido com tamanha delicadeza e sensibilidade. É uma pena que Javier Bardem não esteja entre os indicados ao Oscar, pois ele está simplesmente brilhante no papel de um homem que sem se mover, movimenta a realidade à sua volta.
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade