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SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
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293 críticas
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2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O filme é baseado em fatos reais e versa sobre a história do pescador espanhol Ramon Sampedro (Javier Bardem) que ficou tetraplégico após um acidente no início dos anos 70. Nos 25 anos que se seguiram Ramon luta para morrer. Amenábar coloca o espectador na perspectiva de Ramon, ou seja, faz um filme em favor da eutanásia. Todo o sofrimento, o desalento, a revolta de Ramon com a sua condição são mostrados de forma irrefutável. Os espectadores se deparam com a tragédia de Ramon sem que o melodrama ditasse a forma narrativa do filme. Ramon Sampedro interpretado de forma emocionante por Javier Bardem, é um homem articulado. Escrevia poemas com a boca (o título do filme é em homenagem a um desses poemas), tinha uma inteligência aguçada e mostrava-se determinado para conseguir o seu objetivo que era ganhar a batalha legal que permitisse morrer. Quando a advogada Julia (Belen Rueda) entra em cena, a gente imagina que a paixão entre os dois possa dissuadí-lo de sua batalha jurídica e passe a lutar pela vida. É importante que se diga Julia é portadora de esclerose múltipla (uma doença que evolui em surtos e que provoca limitações motoras e sensitivas, não existindo uma cura para a mesma), o que de certa forma a iguala a Ramon. Mas em questão de amor quem brilha é Manuela (Mabel Rivera), cunhada de Ramon Sampedro, que cuidou dele desde o acidente. E cuidou dele de forma amorosa, com compaixão. Apesar disso, ela própria era favorável a que Ramon pudesse escolher o seu próprio destino. Já o irmão mais velho de Ramon era totalmente contrário a eutanásia. Chega a ser cômica a cena em que um padre tetraplégico vai até a casa de Ramon para tentar dissuadí-lo de suas idéias. Após ouvir algumas colocações sobre a história da Igreja Católica o padre põe o rabo entre as pernas e vai embora. Ramon sempre tinha uma resposta na ponta da língua quando alguém argumentava que a vida é um bem divino. "MAR ADENTRO" não é um filme deprimente. É um filme sobre a vida, sobre o espírito humano quando está diante de uma situação sem saída. Cabe ao espectador chegar às suas próprias conclusões. Nota máxima para Javier Bardem, Belen Rueda e Alejandro Amenábar, que na cena final com o vôo panorâmico sobre as terras da Galícia em direção ao mar e com a poesia de Ramon Sampedro termina de forma antológica o filme.
Filmaço para se emocionar,baseado em fatos reais,é longo,mas você não percebe as horas passarem,te faz pensar sobre a morte e como ela nos intimida,coincidência ou não assisti hoje,12 de janeiro(dia histórico.) Sem palavras para a atuação de Javier Bardem como sempre maravilhosa. Super recomendo!
Se eu tivesse assistido este filme espanhol de 2004 antes de ter assistido "Como eu era antes de você" , filme inglês de 2016, teria sido ainda mais rigoroso e incisivo na crítica que elaborei, já que é evidente demais a diferença de qualidade e profundidade psicológica ao abordar basicamente o mesmo tema, e com um enredo muito semelhante (podemos falar em plágio?). Enquanto no filme inglês não há qualquer tecitura de vínculos afetivos reais e papáveis entre as personagens, neste filme espanhol o espectador é apresentado de tal maneira à teia de relações que se estabelece que mais um pouco passaria ele mesmo a estar afetivamente envolvido. Ao mesmo tempo, enquanto em "Como eu era antes de você" não há sequer menção de espiritualidade ou filosofia da essência, nenhuma tentativa de dissuadir o protagonista mediante uma explicação transcendente de mundo ou de valorização metafísica da vida humana, neste filme há até mesmo um padre tetraplégico (!) que o visita e estabelece com ele um vigoroso colóquio, intermediado por um seminarista. Uma cena que estabeleceu um pouco de leveza e humor em meio ao drama. Excelente filme!
Vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira em 2005, o quarto filme de Alejandro Amenabar associação franco-ítalo-espanhol recebeu prêmios de prestígio em todo o mundo, com pelo menos 50 títulos. Este pode muito bem ser o melhor trabalho de Amenábar até 2004. Baseado em fatos, a verdadeira história de Ramon Sampedro, um tetraplégico espanhol há 29 anos que lutou pelo direito de se matar. Explora suas motivações e racionalidade para querer cometer suicídio, além de vida, amores e psique. Seu Ramon (Javier Bardem) é um homem cheio de grandes reservas de amor e compaixão por seus familiares e amigos, mas também tem um propósito único; ele quer morrer e não quer que ninguém, por mais bem-intencionado que seja, se oponha a esse objetivo. Portanto, quase sempre apoiamos Ramon em seu objetivo, mas nem sempre aprovamos seus métodos ou a maneira como ele trata os outros ao seu redor, especialmente a jovem que o ajuda em seu suicídio, que está se recuperando de um casamento fracassado e se apega desesperadamente a Ramon, de quem o filme sugere que Ramon tiraria vantagem emocional se isso o ajudasse a atingir seu objetivo. Um filme difícil de assistir pela temática, mas mesmo assim é um filme muito bom e muito bem feito. Maquiagem e roteiro perfeitos, atuações tremendas. Um filme poderoso de uma beleza amarga. Para aqueles que amam refletir profundamente.
Javier Bardem está em umas das suas melhores atuações, a atuação dele é tão impressionante que só isso já vale a pena ver o filme, o filme para mim só é um pouco arrastado, chega a ser cansativo. Mas o filme o te faz pensar e se fosse você ?, o quê você faria ?, você concordaria com isso ? Isso é incrível, no filme mostra perfeitamente na família alguns concordam, outros não concordam mas apoiam, e outros não aceitam, a ideia de Ramón Sampedro (Javier Bardem) de tirar a própria vida.
Muita pessoas acham que este filme trata da questão da EUTANÁSIA, mas muitos não sabem que na verdade o que se passar em todo o decorrer do filme é um tetraplégico tentando conseguir o DIREITO de cometer um SUICÍDIO ASSISTIDO. Apesar de serem bem parecidos, mas existem DIFERENÇAS ENTRE ELES. A diferença é que na EUTANÁSIA é um ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente com FINS MISERICORDIOSOS. JÁ O SUICÍDIO ASSISTIDO é a FACILITAÇÃO AO SUICÍDIO DO PACIENTE, onde o agente, normalmente parente próximo, põe ao alcance do paciente EM ESTADO TERMINAL alguma droga fatal. Para tal prática é exigido que o paciente esteja totalmente consciente.
LEMBRANDO QUE ESTE TIPO DE PRÁTICA AQUI NO BRASIL É ILEGAL.
Ótima direção e excelentes atuações, destaque especial para Javier Bardem que interpretou de forma espetaular seu personagem, o filme é lindo e emocionante, a história de Ramón Sampedro não poderia ter sido contada de melhor forma. A trilha sonora tbm da um show!
Não tem como não dar 10 para um filme que fala de um tema mórbido com tamanha delicadeza e sensibilidade. É uma pena que Javier Bardem não esteja entre os indicados ao Oscar, pois ele está simplesmente brilhante no papel de um homem que sem se mover, movimenta a realidade à sua volta.
O filme é bem dirigido, tem bela fotografia. Mas não gostei tanto da história. Poderiam abordam a vida de um tetraplégico de outra forma. É o filme inteiro ele querendo morrer e pessoas sofrendo por isso. Tem algumas frases de efeito, até faz refletir em alguns pontos, mas no final não passa uma boa mensagem. Creio que o filme diz que viver é um direito, não uma obrigação. Mas é muito egoísta essa mensagem. A concorrência estava bem fraca em 2005 para ter levado o Oscar de melhor filme estrangeiro.
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