Em meio há uma escola tradicional de valores burgueses, a contratação de um professor de inglês que decide inovar o método de ensino choca os alunos no principio que ao longo da trama é adorado pelos jovens.
O Keating tem uma meta: fazer seus alunos pensarem. Ele corta o ensino voltado para o capital no qual os seus alunos vivem e quer deixar a luz própria de cada um brilhar mostrando que sempre há um outro lado de visão no mundo e que não se deve aceitar cegamente o que está sendo imposto por conta de um bom discurso ou ditador da verdade (p´rofessores) como um alienado mas sim questionar, criticar, e chegar em uma conclusão individual. Isto é mostrado quando o professor pede para que seus alunos rasguem o capitulo que diz que poesia deve ser somente analisada, quando para ele a poesia deve ser sentida, despertando emoções, ouvida, inspiradora e ser vivida.
A escola carrega honra, disciplina, tradição e excelência como seu lema. Seus alunos vivem pressionados pelos seus pais pois estão recebendo uma educação voltada para o capital no qual saindo dali devem passar em uma boa faculdade e seguir uma profissão que lhe garante dinheiro e status. O professor quebra isso. Ele abre os olhos dos alunos mostrando que não existe apenas um caminho mas vários e que eles devem escolher.
O professor também trata a sua educação como um processo humano, transformando de dentro para fora, enxergando as dificuldades de cada um e trabalhando individualmente.
Ele ensina prega o Carpe Diem (aproveite o dia, colha logo o seus botões) e faz os alunos enxergarem o mundo de um jeito diferente subindo em cima de sua mesa.
Quando um grupo de garotos decide procurar saber sobre o educador descobrem o Clube dos Poetas Mortos, ficam interessados e decidem recomeçar as reuniões. Os garotos se juntam escondidos, conversam, debatem, lêem e se divertem.
O aluno Charles Dalton, que se intitula Nuwanda, admira o Carpe Diem e decide fazer piadas pela escola. Ele não compreende o conceito, sendo imprudente, imaturo, e irresponsável pois assina as piadas com o nome do clube mas acaba sendo punido.
O novato Todd é extremamente introvertido. Keating trabalha isto com ele. Dá a voz para o garoto, que se renova, se descobre e brilha.
Já Knox, apaixonado e inspirado pelo Carpe Diem, não introverte seus desejos e corre atrás de sua amada e vive o momento. No final consegue a garota.
Neill é extremamente pressionado: seu irmão foi o melhor aluno da escola, seus pais não esperam nada menos que Medicina e seu ponto mais fraco é decepcionar a mãe.
Quando o garoto, inspirado, decide que quer fazer teatro se anima. Está encorajado e faz acontecer: ele consegue esconder de seu pai, que reprovaria imediatamente, seu teste para peça no qual consegue o papel principal. Um dia antes da apresentação o pai descobre e fica furioso pelo filho ter ido contra as ordens. Quando o homem diz que o tiraria da escola e colocaria numa militar, Neil devido a essa opressão por parte do pai, e a omissão materna, comete suicídio por se sentir impossibilitado de realizar seus sonhos.
Acredito que ele decidiu se matar para que não descobrisse que não viveu, ou melhor, foi proibido de viver, como diz um treche de Thoreau “Fui à floresta por que queria viver deliberadamente, queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida. Deixar apodrecer tudo o que não é vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi.”
O professor foi acusado como o aspirante pelo suicídio de Neill e é demitido. Quando entra na sala pra buscar suas coisas é surpreendido quando Todd sobe sua mesa em um ato de desespero. Alguns alunos o seguem como um protesto. Em meu ponto de vista isso significou que mesmo com a saída do educador os alunos continuariam a ver o mundo de jeitos diferentes e que o que foi pregado pelo Keating continuaria para o resto da vida de cada um, e que eles agradecem por isso.
É interessante o termo educador pois o filme mostra muito bem a diferença entre este e um professor: um professor pode ser um educador, mas um educador nunca será somente um professor. Este reproduzirá um saber, aquele transforma seres humanos para ele e para todos.
O filme faz o papel de professor para o telespectador. É inspirador e motivante, a crítica aos moldes de educação são obvieis mas a filosofia é complexa.