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Francisco Russo
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687 críticas
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2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Bom filme. O mais interessante de "American Splendor" é o formato como o filme foi realizado, mesclando quadrinhos com cenas com atores. Toda a estrutura do filme é similar com a de uma história em quadrinhos, sendo que os melhores momentos são quando personagens da revista "American Splendor" saltam das HQs e interagem com os próprios atores dentro do filme. Outro ponto bastante interessante é a aparição do verdadeiro Harvey Pekar dentro da história, às vezes apenas explicando determinados momentos de sua vida - a narração em off é dele - e em algumas cenas substituindo ou até mesmo interagindo com Paul Giamatti, seu intérprete dentro do filme. O filme possui um humor bastante ácido, típico do próprio Pekar, e narra um pouco do cenário das HQs independentes dos Estados Unidos. Por este tipo de humor o filme lembra um pouco "Mundo Cão", apesar de não ser tão bom. Destaque para as cenas em que Giamatti se vê na fila do supermercado e o 1º encontro entre os personagens de Giamatti e Hope Davis, de longe as melhores do filme. Boa atuação de Paul Giamatti.
Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos! Os personagens são todos "caricaturas" e é difícil acreditar que sejam reais! E são... Gostei também da maneira que a história é contada com os personagens reais aparecendo toda hora e fazendo comentários. Paul Giamatti não poderia estar melhor! Esse ator cresceu aos meus olhos com esse filme! Show de bola! Quero ver de novo! Esse não é um filme para assistir só uma vez. Há diversas sutilezas nas situações que só um segundo olhar pode captar. O protagonista fala uma frase sobre a solidão que é uma das mais tristes e verdadeiras que já ouvi, é mais ou menos assim: "as vezes sinto a presença de outra pessoa na cama assim como alguém que teve um membro amputado sente a presença desse membro."
Genial da concepção à forma como foi realizado. Este filme coloca Paul Giamatti entre os grandes intérpretes do cinema, bem como coloca Harvey Pekar, o neurótico biografado, em uma posição franca em relação a sua própria imagem. Divertido, emocionante e imperdível.
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