Em maio de 2004 o diretor Michael Moore declarou que a Walt Disney Pictures havia proibido a Miramax Films, produtora de Fahrenheit 11 de Setembro e sua subsidiária, de distribuir o filme nos cinemas americanos. A proibição realmente ocorrera mas, segundo o Presidente Executivo da Disney Michael Eisner, a decisão havia sido tomada meses antes e Moore apenas a estava revelando no momento para conseguir publicidade para o filme.
De acordo com o diretor Michael Moore, a desistência da Disney em distribuir o longa-metragem através da Miramax ocorreu devido ao temor de retaliações por parte do Governador da Flórida Jeb Bush, irmão do Presidente George W. Bush, no que se refere aos incentivos fiscais que o estúdio recebe para a manutenção de seus parques de diversões e hotéis no local. A Disney confirmou a proibição, mas negou que fosse este o motivo da decisão.
Para solucionar a questão os irmãos Bob e Harvey Weinstein, donos da Miramax, compraram por conta própria da Disney os direitos de distribuição de Fahrenheit 11 de Setembro. O valor pago ao estúdio foi cerca de US$ 6 milhõesApós a compra dos direitos de distribuição, os irmãos Weinstein fundaram uma nova empresa, chamada Fellowship Adventure Group, e negociaram a distribuição do filme nos Estados Unidos com a Lions Gate Filmes e a IFC Films.
O escritor Ray Bradbury, autor do livro "Fahrenheit 451", que serviu de inspiração para o título de Fahrenheit 11 de Setembro, declarou publicamente sua insatisfação pela utilização do nome no filme sem sua autorização.
Após sua primeira exibição no Festival de Cannes, Fahrenheit 11 de Setembro recebeu uma sessão de aplausos que durou entre 15 e 25 minutos. Esta foi considerada a maior ovação já recebida por um filme em toda a história do festival.
O filme foi o segundo documentário na história a ganhar o Festival de Cannes, sendo também o primeiro americano a conseguir tal feito. O anterior fora Le Monde du Silence (1956).
O diretor Michael Moore fez questão que o filme chegasse aos cinemas americanos meses antes das eleições presidenciais, de forma a influenciar o eleitor a votar. O filme foi lançado nos Estados Unidos em 25 de junho.
Este foi o primeiro documentário na história a ocupar a liderança do ranking de bilheterias nos cinemas americanos após seu primeiro fim de semana de exibição. É o documentário que esteve em cartaz em mais salas de cinema nos Estados Unidos em toda a história. Em sua semana de lançamento o filme esteve em cartaz em 868 salas, sendo que na terceira semana já estava em exibição em 2011 salas.
A quantia arrecada por Fahrenheit 11 de Setembro em seu fim de semana de estréia foi de US$ 23,9 milhões. Esta é praticamente a mesma quantia arrecadada pelo documentário anterior de Moore, Tiros em Columbine, em 3 meses de exibição.
Michael Moore abriu mão de inscrever Fahrenheit 11 de Setembro na disputa do Oscar de melhor documentário para que o filme pudesse ser exibido na TV americana antes das eleições para Presidente dos Estados Unidos. De acordo com as regras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, um documentário apenas poderia concorrer se não fosse exibido na TV até seis meses após seu lançamento nos cinemas, o que não aconteceu.
O diretor Michael Moore realizou uma entrevista com Nicholas Berg, que posteriormente foi sequestrado e morto por terroristas no Iraque. Em respeito à família de Berg, o diretor decidiu não incluir a entrevista em Fahrenheit 11 de Setembro.
FESTIVAL DE CANNES
Ganhou
Palma de Ouro
Prêmio FIPRESCI
CÉSAR
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro
EUROPEAN FILM AWARDS
Indicação
Melhor Filme Não-europeu
FRAMBOESA DE OURO
Ganhou
Pior Ator - George W. Bush
Pior Ator Coadjuvante - Donald Rumsfeld
Pior Atriz Coadjuvante - Britney Spears
Pior Dupla - George W. Bush com Condoleeza Rice ou sua cabra
Indicação
Pior Atriz Coadjuvante - Condoleeza Rice