Parcerias entre Nicolas Cage e a Disney normalmente me deixam preocupadas, mas, em respeito ao ator que Nicolas Cage sempre foi, deixo essas preocupações de lado e vejo os filmes que levam seu nome; afinal, comentar sem ter visto é uma babaquice. Pois bem, fui ver o filme com alguma expectativa, afinal, estamos falando do mesmo ator de Coração Selvagem e Senhor das Armas.
Nos primeiros cinco minutos o filme não impressionou, ao contrário, me fez olhar o relógio pelo menos duas vezes. A história se desenrola sem grandes surpresas, e mesmo os detalhes de roteiro que normalmente fariam o espectador dizer "Genial" podiam ser antecipados muito antes. O filme possui sequências de ação muito boas, como a luta que ocorre em Chinatown entre as personagens de Cage e Gregory Woo ou a perseguição de carros pelas ruas de NY, porém, para por ai.
A história, a princípio, tinha tudo para dar certo. Magia somada a efeitos especiais impecáveis normalmente geram bons resultados. Mas magia, que era para ser o tema, acaba ficando em segundo plano, e da espaço ao romance entre Jay Baruchel (David, o Aprendiz) e Teresa Palmer (que é, nada mais, nada menos, um romance sem química, que só convence com a ajuda exagerada da trilha sonora nos momentos de maior dramaticidade) e à velha questão que praticamente todos os heróis vêm chegado nos últimos filmes que estrearam do gêreno: ficar com a mocinha ou salvar o mundo?
No fim, o filme cai no velho clichê, porém, o felizes para sempre não faz o espectador sair do cinema pensando no que acabou de ver, e sim se perguntando onde esteve durante uma hora e quarenta minutos.
Uma decepção na carreira de Cage e do diretor Jerry Bruckheimer, que nem parece ser o mesmo diretor responsável por filmes que já foram sucesso de bilheteria, ou que, pelo menos, cativaram seu público.