Eu simplesmente amei! Tem uma pegada psicológica muito profunda, assim como o envolvimento entre as duas personagens principais. Eu resumiria em dizer que, é um filme lindo, que por mais que trate de questões duras e sofridas, há também um amor genuíno, uma admiração enorme e um sentimento de afeto, cumplicidade e compreensão.
É fascinante como as duas são muito diferentes. De um lado, está a esposa rejeitada, e ela tenta de qualquer modo sentir-se útil, prestativa e agradar, como se realmente fosse uma necessidade. Ela se vê muito frustrada por ver que seu marido não à aprecia do modo como ela gostaria. Ela me lembrou aquele transtorno borderline, onde o indivíduo vive por alguém, e sente emoções fortes e devastadoras, para o lado positivo, ou negativo. Ela tem um olhar genuíno para com a outra mulher, quase como se fosse a engolir, e tê-la totalmente para si. Safron, muito focada e frustrada com sua carreira, não dá muita importância para a outra, mas com o tempo ela consegue se abrir, e podemos ficar perplexos por depois de tanto tempo, um trauma perdurar e se fazer tão presente em sua vida. Aos poucos ela se abre, e é muito bonito ver essa ''mudança'', pois no início se demonstra fria e distante, e depois é possível ver sua outra parte, apaixonada e sensível.