Crítica ao colonialismo bem construída, mas complexidade da trama pode afastar aqueles que só gostam de porradaria.
A Costa do Mosquito (1986), de Peter Weir, é uma crítica à arrogância colonialista disfarçada de idealismo. A história segue Allie (Harrison Ford), um homem insatisfeito com os EUA que tenta construir uma utopia anti-consumista na selva hondurenha, mas acaba impondo sua visão de “civilização” a uma comunidade que, apesar da miséria, vivia de forma mais autêntica. A tensão entre Allie e o reverendo Spellgood (Andre Gregory) reflete o confronto entre ciência e religião, ambas egoístas e imperialistas. Ford entrega uma performance intensa, mostrando um homem egoísta que, ao falhar, representa uma crítica ao colonialismo e aos erros históricos que persistem.