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SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
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293 críticas
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1,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Mais um filme para comprovar a dificuldade que existe para se transpor para a tela a poesia. No caso, a vida da poetisa norte-americana Sylvia Plath (Gwyneth Paltrow). A infância é esquecida. O filme se inicia com a jovem Sylvia se encontrando e se apaixonando pelo também poeta Ted Hughes (Daniel Craig). O casal vive uma relação intensa amorosa. Meses mais tarde viajam para os EUA onde casam-se. Ao voltar para a Inglaterra ambos dedicam-se ao ensino de literatura. Ted Hughes, porém, é um compulsivo colecionador de alunas que se apaixonam por ele, o mestre de literatura. A relação do casal torna-se uma autêntica roda-gigante, com crises intensas, seguidas por períodos de reaproximação. Ted Hughes conheceu a fama bem antes de sua esposa. Esse fato também colaborou para uma certa competição entre os dois sobre quem era o melhor. A verdade é que as femininstas e o mundo fizeram com que o nome de Sylvia Plath fosse espalhado por todo o mundo, enquanto Ted Hughes ficou relegado a um segundo plano. O fato de Sylvia claramente sofrer de depressão e ter se suicidado jovem ajudou sobremaneira a divulgar os seus trabalhos como "Ariel" e "Colossus". A diretora neozolandesa Christine Jeffs não conseguiu impregnar o seu filme com a riqueza da poesia de sua retratada. Acusa Ted Hughes como o responsável pelo suicídio de Sylvia aos 30 anos de idade. Mais uma vez a poesia não foi tratada com o devido merecimento pelo cinema. Em "Tom e Viv", de Brian Gilbert, vemos o diretor fazer a "caveira" do grande poeta T.S. Elliot, que teria sido o grande responsável pela loucura da esposa. Será que os homens são culpados por todos os infortúnios do universo? A bela Gwyneth Paltrow está excepcional e salva o filme do debacle total.
Estou dividido quanto a este filme. Ele não é ruim. Mas também não é bom. Gwyneth Paltrow até se esforça para convencer no papel da poeta estadunidense Sylvia Plath, mas infelizmente o filme derrapa ao retratar a poeta mais como uma histérica do que como um ser mais complexo. A dor existencial que transborda de seus poemas não é abordada em profundidade, ficando a sensação de que apenas nos últimos 45 minutos do filme é que temos uma tentativa mais digna de apresentar essa personagem tão rica que merecia um tratamento melhor nas telas.
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