Cinema Paradiso:
Filme totalmente metalingüístico, filme que fala sobre filme, cinema sobre cinema, além de mostrar como se constrói uma amizade forte e verdadeira, de profundo respeito e companherismo e solidariedade, filme sobre a infância, sobre sonhos para o futuro, às vezes, ou muitas das vezes não realizados, filme que toca e retrata todos os sentimentos humanos, portanto um filme universal e atemporal; Tornatore faz uma obra-prima atrás de outra obra-prima, seus filmes são sempre acima da média, líricos, poéticos e comoventes; aqui ele ainda mostra questões de nostalgia e saudosismo, é um filme completo; a história é, em resumo, a seguinte: Salvatore de Vitto, na infância conhecido como Toto, mora em Roma e é um cineasta famoso, que recebe a notícia de que Alfredo morreu, este era o projecionista do tal Cinema Paradiso, na cidade natal de Toto, quando este ainda morava lá, quando criança, Toto relembra a infância em sua cidade natal e em especial do Cinema Paradiso, onde ele ia sempre e vivia em companhia do projecionista Alfredo bem mais velho, para não dizer já idoso naquela época (o que mostra uma amizade/respeito mútuo que nos dias de hoje é raro existir entre um idoso e um garoto), este fez Toto começar a gostar e apreciar a Sétima Arte, fazendo ele se decidir, inclusive, pela carreira de cineasta, então Toto retorna à cidade natal para o enterro de Alfredo e relembra maravilhado e nostálgico a sua infância, quando começou a gostar e apreciar uma das melhores coisas do mundo: o cinema! Filme ímpar do cinema italiano e mundial! Lírico e poético! Tornatore nos emociona mais uma vez e de forma verdadeira e sem cair no melodrama barato, é demais! Dez! Mil!