O livro homônimo de Isaac Asimov apenas inspira o filme. Na minha adolescência me deleitava com os livros de ficção científica. "Eu, robô" foi um deles. Também o álbum de Allan Parsons, de 1977, serviu para alimentar a minha imaginação no que diz respeito ao universo da ficção. É claro que os tempos são outros. A qualidade e a quantidade de efeitos especiais nos filmes de ponta atuais são incomparáveis. Voltemos ao que interessa. A trama transcorre no ano de 2035, época em que a indústria de robótica, US robotics corporation, é que dá as cartas no mundo. Os seres humanos se servem dos robôs para executar aquelas tarefas descartáveis, enfim utilizam-nos como serviçais. E os robôs obedecem a três leis básicas, que fundamentalmente impedem que eles se voltem contra a espécie humana. As coisas tomam um rumo diferente quando o cientista e criador dos modelos modernos de robô NS 5, Dr. Alfred Lanning (James Cromwell) é assinado. As suspeitas do crime recaem sobre o robô Sonny (Alex Tudyk). Coube ao detetive John Spooner (Will Smith) investigar o caso. Este que ficou muito abalado com a morte do cientista, pois foi graças a sua ajuda que ele teve seu braço esquerdo e o pulmão esquerdo repostos ao sofrer um acidente de carro. Spooner, que diga-se de passagem detestava robôs, se surpreende com a "humanidade" de Sonny, que, por sua vez se declara inocente do crime. Com o aprofundamento de suas investigações e com a ajuda da cientista Susan Calvin (Bridget Moynahan), da US Robotics, se defronta com um plano que o computador central da indústria da robôtica, Viki, trabalha com o objetivo de dominar os seres humanos. A criatura se rebelando contra o criador. Isso é bíblico. O mesmo acontece com o computador Hall no insuperável "2001 - Uma odisséia no espaço". Aí vem uma batalha que entre robôs e humanos, que, em minha opinião é o menos importante do filme. A questão central é a origem, no caso de Sonny, um robô-humano. Ele é o mais simpático robô na história recente do cinema. Parodiando a propaganda da Folha de São Paulo, não dá para não gostar. A atuação da estreante Bridget Moynahan é o ponto baixo do filme, que deve agradar aos admiradores de um bom filme de ficção.