O roteiro é muito bom, a direção é magistral e os atores todos competentes.
Este filme fala do sonho americano, ou daqueles que estiveram à margem deste sonho nos anos 70.
A personagem principal, Alice, é uma mulher decente preocupada em sustentar seu único filho.
É uma mulher que não tem sorte no amor, vindo de um casamento fracassado e de um namoro com um cafajeste casado, fato que ela ignorava.
Finalmente, encontra um homem que lhe respeita como pessoa e que gosta dela, sem impor exigências.
Curiosamente, na cena final do filme, observa-se ao fundo, no alto, um cartaz com o nome "Monterey", não sei se de um motel ou lanchonete, mas que também é o nome da cidade onde Alice iria morar definitivamente com seu filho, onde ela iria voltar a cantar e onde o garoto iria estudar.
Deste modo, é passada a mensagem de que a felicidade (Monterey) pode estar bem próxima de nós, só que muitas vezes a ignoramos, em parte por que buscamos uma felicidade utópica por não estarmos satisfeitos com nossas vidas e com nossa realidade.
Talvez Alice estivesse cansada de estar sempre mudando e com as mudanças, recomeçando do zero a cada partida e chegada. Pode ser que sim, pode ser que não.
Para Alice e seu filho, Monterey podia estar em qualquer lugar, contanto que fossem felizes.