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c4rlc4st
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316 críticas
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4,0
Enviada em 29 de março de 2019
Até o começo do 3° ato, vemos um diretor a todo vapor, querendo mostrar tudo o que sabe no quesito filmar. Essa energia perde fôlego quando vai se aproximando do final, que tenta fechar a história em tom de redenção, por meio do drama. É uma obra que aborda com sutileza e ao mesmo tempo contundência o feminismo. Eu senti o senso de desespero de uma mulher que sempre acreditou que precisava de um homem ao lado para viver e com um filho crescido para criar pode sofrer ao ser desamparada por uma tragédia. E também vibrei quando ela demonstrava sua força e exigia respeito. Visto por um olhar do novo milênio, fechar o filme daquele jeito pode não ter sido a melhor escolha. Parece que a mensagem passada é que a luz no fim do túnel para as mulheres é se casar com um homem que a queira. Desculpem os românticos que defendem esse destino em nome do amor, mas na vida real não se pode contar com isso. A dupla principal está incrível, Ellen passa todas as emoções com naturalidade e sem excessos. O menino consegue ser adorável e extremamente irritante: uma atuação memorável. Basicamente, um filme cheio de virtudes, com acontecimentos marcantes e realistas, mas que no final derrapa por querer tocar o seu público de maneira destoante do que estava sendo narrado até ali.
Um filme feito em uma época em que um bom roteiro valia mais do que fórmulas prontas dos bloockbuster. Uma época em que excelentes atores se sobrepunham a efeitos especiais de ultima geração. Uma época em que grandes filmes eram conduzidos através de grandes "simples histórias". Martin Scorsese dirige o filme que nos mostra as desventuras de Alice Hyatt , interpretada com perfeição por Ellen Burstyn, em seus relacionamentos tóxicos e cotidiano de trabalho árduo, na busca do sonho americano. O que achei interessante nessa obra é que através de detalhes conhecemos a personagem titulo e somos capazes de nos tornar intimo de suas dores e de suas pequenas alegrias. Em determinado momento do filme toca ao fundo a musica I Will Always Love You, lançada em 1974, na voz de Dolly Parton essa musica com a roupagem original country ficou linda. O filme todo é muito lindo!
Posso dizer que esse filme é um dos meus favoritos do Scorsese. Lindo, emocionante e sem falar também na incrível atuação da Ellen Burstyn. Que pra mim, é uma das melhores atrizes que já existiu!
Excelente filme dirigido por Martin Scorsese. Roteiro simples, mas com uma história verossímel, que convence. O elenco é um dos pontos altos do filme. Destaque para a competente atuação de Ellen Burstyn, ganhadora do oscar, que havia perdido, um ano antes, a estatueta, quando da sua interpretação no filme O Exorcista, no papel da mãe da menina possuída pelo demônio. Diane Ladd, em sua primeira das três indicações recebidas ao oscar de atriz coadjuvante, demonstrou versatilidade e boa capacidade interpretativa. Jodie Foster, quase uma criança, teve algumas cenas legais no filme. Harvey Keitel, em início de carreira, em uma pequena participação, já demonstrou ser um ótimo ator.
O roteiro é muito bom, a direção é magistral e os atores todos competentes.
Este filme fala do sonho americano, ou daqueles que estiveram à margem deste sonho nos anos 70.
A personagem principal, Alice, é uma mulher decente preocupada em sustentar seu único filho.
spoiler: É uma mulher que não tem sorte no amor, vindo de um casamento fracassado e de um namoro com um cafajeste casado, fato que ela ignorava.
Finalmente, encontra um homem que lhe respeita como pessoa e que gosta dela, sem impor exigências.
Curiosamente, na cena final do filme, observa-se ao fundo, no alto, um cartaz com o nome "Monterey", não sei se de um motel ou lanchonete, mas que também é o nome da cidade onde Alice iria morar definitivamente com seu filho, onde ela iria voltar a cantar e onde o garoto iria estudar.
Deste modo, é passada a mensagem de que a felicidade (Monterey) pode estar bem próxima de nós, só que muitas vezes a ignoramos, em parte por que buscamos uma felicidade utópica por não estarmos satisfeitos com nossas vidas e com nossa realidade.
Talvez Alice estivesse cansada de estar sempre mudando e com as mudanças, recomeçando do zero a cada partida e chegada. Pode ser que sim, pode ser que não.
Para Alice e seu filho, Monterey podia estar em qualquer lugar, contanto que fossem felizes.
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