Belo filme, que retrata teatralmente os últimos dias da história samurai no Japão, pelas mãos do gigante Tom Cruise (Algren), contando como personagem americano sua história do governo Meiji no Japão, mudando de lado de vendedor de serviço e mercadoria para acompanhar e vida samurai, traumatizado após sua vivência com o extermínio dos índios americanos no qual muito lutou. Vemos o início do que seria o exército moderno do Japão até o tempo da segunda guerra mundial, contracenando com a cultura honrada do homem samurai, que eram os personagens principais dos exércitos japoneses até a ocidentalização do país. A trilha sonora está bem-feita, a atuação engraçada sempre de Timothy Spall (Harry Potter - Rabicho/Simon o artista), e impactantes de Rony Goldwyn (coronel americano), Ken Watanabe (ministro Katsumoto) e Hiroyuki Sanada (samurai Uijo) enriquecem as conversas e diálogos. O filme é um pouco longo (ultrapassando 120 min), mas o trabalho artístico dos cenários compensa o tempo, para quem curte o mundo japonês. Não espere um filme cheio de batalhas e lutas, a maior parte são brigas, fugas. A maior parte do filme é o lado da visão samurai sobre a reformulação do governo Meiji do século 19, com uma batalha maior apenas no início e final do filme. A saída dos antagonistas da história é bastante interessante. A nota não é perfeita pelo excesso de ambientação no cenário do Japão, e a falta de mais algumas batalhas samurais, Tom Cruise aproveita para desfilar os dotes galãs, tipicamente.