"Curtindo a vida adoidado" não é um ótimo filme apenas pelo seu humor, sarcasmo, direção e personagens cativantes, o que faz essa obra grandiosa é sua moral não explicita, sua filosofia sobre a vida ser passageira e suas divagações sobre a pertubação da cabeça de cameron. O roteiro que conta os atos de rebeldia de Ferris Bueller se contrapõe a depressão de cameron, a dupla, junto com a namorada de Ferris embarca em uma jornada de diversão, após matarem aula, em busca de diversão e aproveitar a vida, porem, entre esses intervalos cada um compreende um pouco mais sobre a vida e sobre a si mesmos. John Hughes é um diretor que sabe conversar e transmitir os dramas e anseios da juventude como ninguém, sempre travestido de comedia, seus filmes pegam todos os públicos e sempre pregam a filosofia de entretenimento total, do inicio ao fim (não parando nem nos créditos), mas John também usa esse seu talento de comunicação para falar com seu publico (até por isso o recurso da quebra da quarta parede é muito utilizado aqui), John cria um filme de três personagens se descobrindo, mas, da um enfase principalmente em Cameron, ele é o personagem que entende seu proposito e faz a maior quebra de ruptura do longa, o filme todo é baseado em tentarmos entrar em sua mente e compreender sua personalidade -Vide a cena dos quadros- ele é o real protagonista do filme, e John merece todo nosso respeito por incluir toda essa camada sobre o longa e a tapar de diversão e comedia. Mas além disso, o longa conta com uma direção técnica maravilhosa, ângulos de câmeras e os cortes do filme são cirúrgicos, alem das dos contra planos e planos longos sem falar na riqueza das composições de tela e figurinos, e a marcante trilha sonora, falando em coisas marcantes, não podemos esquece de Mattehew Broderick, que faz o papel de sua vida, embora todos os atores estejam ótimos em seus papeis. Por fim, "Curtindo a vida adoidado" é um filme que transcende gerações com diversão, bom humor e inteligencia.