Confesso que fui ver "Fonte da Vida" um tanto quanto temeroso. Pelo que já havia lido esperava um filme complexo, cheio de entrelinhas filosóficas e significados ocultos. Este é um caminho que precisa ser bem dosado por qualquer diretor, pois qualquer deslize pode tornar o filme pretensioso ou fazer com que perca sua conexão com o espectador. Felizmente não é o que acontece. Não que o filme seja simples, mas nada que o torne incompreensível, por assim dizer. Há vários simbolismos ao longo da história e uma crença forte no poder do amor, realçada até mesmo no modo como a personagem de Rachel Weisz é retratada - em várias cenas pode-se notar um maior destaque na atriz, como se fosse um objeto de adoração. A história de "Fonte da Vida" se passa em três períodos: em meio às expedições marítimas da Espanha à recém-descoberta América, nos tempos atuais e no futuro. Em todas estão Hugh Jackman e Rachel Weisz, vivendo um amor que enfrenta dificuldades. No passado pela ameaça que a rainha da Espanha sofre, de perder o trono. No presente devido ao câncer que a esposa do médico Tom Creo possui. No futuro devido ao fato dela estar morta. Aos poucos as conexões entre as histórias são reveladas, em uma trama que cativa pelo inusitado. Destaque também para os efeitos especiais, belíssimos visualmente e também bastante originais, visto que o diretor Darren Aronofsky optou por deixar de lado o CGI para usar experiências químicas feitas em laboratório. Bom filme.