Grande filme, grandes interpretações. È um filme de atores e de atrizes, de diálogos exemplares, fulminantes, que revelam a hipocrisia social na elite francesa do século XVIII, em que as máscaras sociais escondem aquilo que se esconde nas penumbras dos aposentos. Há um jogo de vontades, de poder, em que aqueles que se deixam levar pelos desejos mais torpes acabam sendo vítimas daquilo que não querem ver: lutam contra os sentimentos verdadeiros, com receio de serem escravos do amor que sentem. Assim, fingem outros sentimentos, pois creem que só assim sobreviverão à hipocrisia e a mesquinhez de um universo em que jogar com vidas humanas, motivados por tolas vinganças, acaba por ser extremamente destrutivo. Filme para ver, e rever, e rever e ver de novo...