Regular, mas que pode ser apreciado ou odiado. Com experiência, nota-se que, qualquer filme por pior que seja, sempre terá alguém que gostará, porque de alguma forma, mexeu com o “pessoal” desse alguém, tirando algo de marcante do filme (mesmo que sejam meros detathes).
Ao assistir “The Brown Bunny” o espectador percebe de primeira, pela fotografia, longas cenas sem cortes, poucos “closes”, poucas falas, músicas às vezes alheias ao momento e em outras vezes bem cadenciadas, que é um filme que não se importa muito com ele, pouco importa o espectador aqui, é do tipo “me assista se quiser”, inexplicavelmente o egocentrismo do Diretor se sobressai da tela, como se fosse um trabalho feito para ele mesmo, pensando em primeiro lugar no agrado dele. Essa impressão é bem confirmada com as curiosidades de “Brown Bunny”.
Apesar de tudo isso, incrivelmente o filme consegue agradar, é preciso estar em um bom momento e tolerante para sentir a missiva dele, sobre a desesperada fuga do passado e tentativa de expiação dos erros que cometeu, mas tudo isso só é revelado no final. Inclusive esse final foi o responsável pela enorme polêmica e o deixou marcado na história dos filmes controversos, a atriz Chlöe Sevigny faz sexo oral de verdade, e explícito.
Alguns não gostam, mas são de fato admiráveis profissionais que são capazes de atitudes assim pela carreira que amam, seja emagrecer ao extremo, beijar outro homem etc. É prova real de dedicação ao que fazem, mesmo fazendo pela polêmica e o destaque. Filmes como “Shortbus”, “A Pervertida” e esse, mesmo com todo o teor sexual, não dão para interpretá-los como produções pornográficas, mesmo a Chlöe Sevigny naquela cena, não dá para compará-la a uma atriz pornô, em nada surge a imagem dela, pelo contrário, pode até engrandecer.
O final com certeza foi um presente, não é todo dia que se ver atriz famosa se expondo assim.
Resultado: Regular à Bom.