Poucos filmes trataram o tema da religião com seriedade, e menos ainda exploraram a cristandade evangélica em seus próprios termos teológicos. É isso o que Michael Tolkin faz em O Juízo Final, que pode ser visto com o mesmo prazer como um melodrama espiritual, uma fábula sobre a fé e um conto de fadas excêntrico com raízes em uma subcultura religiosa real. Mimi Rogers interpreta Sharon, uma mulher liberal que gosta de sair para fazer suingue com um amigo imoral. Um belo dia ela toma conhecimento de um movimento religioso que enfatiza um relacionamento pessoal com Deus, cujo Dia do Juízo Final — com direito a um arrebatamento transcendental e que irá conduzir as almas pias ao céu — eles dizem estar próximo Sua recém-adquirida fé a ajuda a superar turbulentas intempéries, como a morte de seu marido. Quando ela pensa que o fim dos tempos está próximo, leva a filha para uma área do deserto, onde fica esperando a mão de Deus Ao mesmo tempo, drama psicológico, reflexão sobre a fé e livre-arbítrio e uma revigorante variação da década de 90 daquilo que Hollywood costuma chamar “filme de mulher”, esta parábola excêntrica oferece ampla recompensa aos espectadores de mente aberta.