Este é o que eu chamo de cinemão em grande estilo. Temática jurídica baseada em best-seller de John Grisham, dupla de atores de primeiríssima linha, Gene Hackman e Dustin Hoffman, um elenco de apoio excelente, uma cidade exótica onde se desenrola a trama, Nova Orleans, e uma direção ágil, eis que temos como resultado um filmão. Daqueles que as mais de duas horas parecem passar em 10 minutos. Um jovem executivo é assassinado juntamente com outras 10 pessoas, vítimas de um tresloucado portador de uma pistola automática. Isso dá margem a que a viúva entre na justiça contra a indústria de armas, que todos sabemos ter um lobby fortíssimo no congresso norte-americano. Wendell Rohr (Dustin Hoffman) é o advogado responsável pela acusação à indústria de armas, que será defendida por Fitch (Gene Hackman), que tem à sua disposição toda uma equipe de investigadores. Eles analisam o perfil psicológico de cada um dos jurados. A turma do Fitch estuda cada aspecto envolvido no julgamento. Se for necessário usar espionagem e suborno, esses ingredientes serão adicionados ao esquema. Fitch e seus asseclas não contavam que o júri teria um membro infiltrado, Nicholas Easter (John Cusack), que influenciará no veredito final. Nicholas e sua namorada, Marlee (Rachel Weisz), irão persuadir o júri para o lado da indústria de armas ou para o lado da viúva, dependendo de qual dos lados pagar mais. O personagem de Gene Hackman diz um frase luminar: "Julgamentos são muito importantes para serem decididos por jurados". O pragmático Hackman que de controlador passa a ser controlado. Um thriller de tirar o fôlego.