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Anderson G.
1.304 seguidores
370 críticas
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4,5
Enviada em 16 de abril de 2022
"Dona Flor e seus dois maridos" foi um marco do cinema nacional e vendo o filme pela primeira vez isso é completamente entendível, temos um filme que ousa muito além do esperado, que flerta com poligamia, pecado, pluralidade religiosa, sexualidade feminina e diversos outros temas até então pouco explorados, ou explorados de formas caricadas e criticas, aqui não, temos uma historia que fluir perfeitamente com personagens carismáticos, quebrados e envolventes em uma historia que se desenrola dentre de diversas analogias e parece muito mais profunda do que aparenta. O roteiro conta a história de Floripedes, uma mulher que mantém uma escola de culinária e é casado com Vadinho, um boêmio, mulherengo e apostador, é melhor não se aprofundar muito em sinopses, pois isso pode acabar estragando um pouco a experiência do telespectador, Bruno Barreto, diretor de sucesso que conduziu o longa soube usar, em primeira instancia, de uma estética sublime, que desde o seu primeiro momento consegue mesclar um surrealismo com uma trilha marcante, que nós é apresentada em diversos tons composta por Chico Buarque, O uso de câmera que Bruno Barreto faz é muito boa também, utilizando muitos zoom in, planos aberto e uma câmera que busca sempre seguir o íntimo de seus personagens, aliando enquadramentos como se fosse pinturas junto com um texto poético, é uma mistura que combina e expõe a aflição de nossa protagonista. Em termos de atuação Sonia Braga começa um pouco distante do público, mas logo sua atuação toma uma forma confusa e consegue transmitir a dualidade de sentimentos da sua personagem, em contrapartida José Wilker interpretando o polêmico Vadinho está bem demais, roubando a cena sempre que se faz presente, inclusive, um dos poucos problemas do filme é justamente o período de tempo que o personagem sai de tela, nestes momentos o tempo passa devagar e sentimos o peso dos minutos deixando a obra um pouco entediante, outra crítica é quando ao som do filme, sentimos claramente o dedo da pós produção no que tange a remixagem, mas isso não chega nem perto de estragar a nossa experiência. "Dona Flor e seus dois maridos" é um filme a frente do seu tempo, corajoso, muito bem dirigido e atuado, um marco do cinema nacional que faz jus a sua fama. 9/10
assisti no corujão na tv globo, já o havia assistido na tv aberta em outra oportunidade, muto bom mesmo, história classica bem produzida e dirigida, atuações convincentes, um bom filme nacional..
Um marco no cinema brasileiro, Dona Flor e seus Dois Maridos é um filme para poucos. Ele pode até ter divertido gerações passadas (sendo a maior bilheteria de um filme brasileiro por décadas) mas agora ele mais parece um filme tedioso e parado, mas qualquer bom cinéfilo pode perceber a grande obra que esse filme é. Tudo o que diz respeito a direção, roteiro e atuação é simples, convencional e sem nada de espetacular. O roteiro, criativo e bem estruturado, pega muito bem o “espírito” do livro de Jorge Amado, mostrando na tela um filme monótono, mas com umas cenas mais “animadinhas”, bem no estilo baiano. As atuações estão boas, mas a Sônia Braga é a melhor, se saindo muito bem na pela da Flor, tantos nas cenas paradas e tensas como naquelas mais “liberais”. Para os espectadores acostumados com essas comédias brasileiras melosas Dona Flor e seus Dois Maridos pode parecer extremamente tedioso e sem graça, mas é só você pegar o espírito da coisa que você pode até se divertir em algumas cenas.
Sempre tive muita curiosidade em saber o porquê de "Dona Flor e seus 2 maridos" ser a maior bilheteria do cinema nacional. Aproveitei então o relançamento do filme nos cinemas para vê-lo, justamente para matar esta curiosidade. E a sensação que tive foi de decepção. "Dona Flor..." é um filme apenas mediano, que se torna extremamente cansativo quando Vadinho, personagem de José Wilker, sai de cena. Na verdade ele é o único personagem interessante na trama, já que o de Mauro Mendonça é chatíssimo e Sônia Braga não faz muito em cena. Nem as tão comentadas cenas de sexo são grande coisa, até porque são em pequena quantidade e não mostram mais do que qualquer novela ou especial de TV mostra hoje em dia. No final das contas, achei que o filme tem muita fama para pouco conteúdo."
Primeiro de tudo a gente tem que ser teletransportado para 1976 e daí descobrir o quanto é magnífico esse filme,tudo é deliciosamente encaixado,as atuações convincentes, a beleza e talento de Sonia Braga, José Wilker maravilhoso e Mauro Mendonça em um papel simples, porém fundamental! Assisti a peça,a versão americana e o telefilme que são bons....porém essa versão cinematográfica é bem superior! Nota Mil
Filme maravilhoso! Sou fã de carteirinha do Jorge Amado e o livro Dona Flor e seus dois maridos é um dos meus preferidos. Esse filme é bastante fiel ao livro, muito bem dirigido, te prende do início ao fim, muito engraçado e a atuação de José Wilker é IMPECÁVEL. A atuação d Sônia Braga deixa a desejar. Ps. Só não aconselho a assistir em família, pode ser um pouco constrangedor rsrsrs
A obra de Jorge Amado retrata como poucos a alma feminina onde reside a contradição. Flor ama Teodoro e ama Vadinho. A mulher feliz com a vida estável mas se só se satisfaz com a safadeza do amor malandro e irresponsável. A obra tem um grande reconhecimento internacional e ganhou até uma versão hollwodiana; porém sem as safadezas e delícias do Amado Jorge.
Espetacular filme. Os personagens são complexos, as cenas são perfeitamente exploradas, em suas tomadas, na fotografia, na sonoridade, na trilha sonora. O clima criado é perfeito. Há cenas de sexo, mas estão perfeitamente inseridas no contexto. E a cena final do trio descendo a ladeira depois da missa, ao som de "O que será que me dá", é antológica, a melhor cena do cinema brasileiro. Claro que o filme é alvo de críticas por parte de pseudo-intelectuais, de politicamente-corretos revoltados contra o Vadinho, de esquerdinhas revoltados porque o filme não aborda a questão social e de bichinhas em geral que não conseguem entender o elã do filme, do amor-erótico entre o casal tema do filme. Mas não sabem o que dizem. Trata-se do melhor filme do cinema brasileiro, onde todos os fatores se unem em harmonia perfeita: atuações magistrais, fotografia, timing, trilha sonora, romance e as pitadas de humor. Nota 10, com estrelinha.
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