O sol é para todos:
Um clássico supremo, com roteiro, direção de arte, trilha sonora e direção (Robert Mulligan) impecáveis; atuação memorável, talvez a melhor, de Gregory Peck (por esse trabalho excepcional recebeu o Oscar de melhor ator), agora as atuações que me surpreenderam positivamente e quase me levou às lágrimas, foram as interpretações de um casal de atores mirins, que faziam os filhos do advogado Atticus (Peck), pois o filme trata de um tema muito difícil para a época (anos 60) e que é ainda hoje um tema polêmico, o racismo contra negros, porém o filme enfoca principalmente a visão infantil, ingênua e pueril, mas de extrema sabedoria, dos filhos de Atticus, a visão deles em relação ao racismo e a sua incompreensão contra tamanha idiotice. A história se passa numa cidadezinha do sul dos EUA, tipicamente racista, é quando um negro, claramente inocente, é acusado de estuprar uma jovem branca, o único que acredita nele e o defende é o advogado vivido por Peck, de forma sensível e bastante humana, a cidade se volta contra ele e sua família, que se resume aos filhos e a uma empregada, a esposa-mãe já é falecida, mas a hipocrisia e o racismo impera, mas mesmo assim com esse realismo trágico e infeliz, mas verdadeiro, fica uma lição de humanidade, do advogado Atticus e, principalmente, de seus filhos, pois volto a ressaltar o filme todo se passa sob o olhar dessas duas crianças, pondo uma visão infantil sobre o racismo, mas de muita sensibilidade e sabedoria. Robert Duvall interpreta uma personagem fundamental para o desfecho do filme. Ótimo filme! Dez!