Para quem não se lembra o diretor em voga é o mesmo dos pomposos "Uma janela para o amor", "Vestígios do dia" e "Retorno a Howard´s end", que são bons filmes. Mas já percebe-se que o diretor é chegado num certo "academicismo", por assim dizer. Aquela coisa de que cinema tem de ser obrigatoriamente uma transposição literária. E essa linha de pensamento continua neste "À francesa". Roxeanne (a ótima atriz Naomi Watts, a mesma de "21 gramas") é casada e está grávida de Charles-Henry (Melvil Poupaud), um pintor francês que a abandona em nome de um outro amor. Isabel (Kate Hudson) vai visitar a irmã em Paris e acaba por se tornar amante do tio do seu cunhado francês, Edgar (Thierry Lhermitte), um político neo-fascista, que condena o aborto e as relações sexuais do presidente norte-americano com a sua secretária, porém é um alcoviteiro de primeira, amante de jovens e bonitas mulheres. O filme que supostamente seria uma comédia que faz uma comparação entre os estilos de vida francês e norte-americano é capaz de eliminar a insônia de qualquer notívago. A família de Charles-Henry, é composta de pessoas que pretensamente são racionais, gostam de tudo feito de forma a satisfazer a etiqueta. Aliás, nunca os franceses foram tratados de forma tão caricatural. E tem um personagem que não diz ao que vem, interpretado peloa ator Matthew Modine, cuja esposa se apaixona por Charles-Henry. Matthew Modine persegue Roxeanne para alertá-la sobre o fato de que se ex-marido está tendo um caso com sua mulher e que eles poderiam fazer o mesmo ou se vingar de alguma forma. Essa trama sem pé nem cabeça termina numa perseguição anódina na famosa torre Eiffel. O diretor James Ivory, o produtor Ismail Merchant e a escritora Ruth Prawer Jhabvala conseguiram errar em tudo o que fizeram nesta sátira ao "french way of life".
Eu esperava mais da atriz Kate Hudson, que é uma atriz e tanto. Filme chato, sem graça, não prendeu a minha atenção. Um drama foi fora do contexto, principalmente o final. Final é uma cena em que resolve todo o enredo do filme. Foi um final sem emoção. Espera mais desse filme, muito cansativo.
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