Para fazer uma analogia bem simples, é certo dizer que "Love Story: Uma História de Amor" foi o "Um Amor para Recordar" e o "Como Eu Era Antes de Você" dos anos 70. No ano em que foi lançada, a obra foi um tremendo sucesso de público, tendo sido o filme mais visto, em 1970; além de ter sido muito bem-sucedido junto à crítica, tendo alcançado a marca de 6 indicações ao Oscar 1971 - nas categorias principais de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante - e a conquista de um Oscar pela clássica trilha sonora original composta por Francis Lai.
“Love Story: Uma História de Amor” é um romance com todos os clichês possíveis. Oliver (Ryan O’Neil) é um jovem de família rica, estudante de Harvard, que não precisa se esforçar muito, pois está claro que seu futuro está garantido. Já Jenny (Ali McGraw) vem de uma família de classe média, e conquistou a vaga numa universidade conceituada por seus próprios méritos. Os dois têm em comum um senso de humor extremamente afiado. Isso e a atração que sentem um pelo outro os unirá, e o amor que eles constroem fazem com que eles superem todas as resistências que surgem no caminho deles. A única coisa que eles não conseguirão superar é a doença que acomete Jenny.
Enquanto se dedica à construção do relacionamento entre Oliver e Jenny, bem como o crescimento e amadurecimento que eles vivenciam nos primeiros momentos do casamento, “Love Story: Uma História de Amor” é um filme que funciona muito bem. Infelizmente, a trama começa a desandar um pouco quando do ponto de virada da história (a descoberta da enfermidade de Jenny). A partir daí, tudo acontece rapidamente, sem nos dar a chance de compreender bem tudo o que está acontecendo - o que, de uma certa maneira, é também o que acontece com o casal. Eles mal têm a chance de encarar o infortúnio que ocorre com os dois.