Gosto do trabalho da Diane Lane, porém nutria antipatia gratuita sobre este filme. A estética dos cartazes, triller, até mesmo oque lia a respeito não me encorajava a ver este filme. Parecia-me apenas mais uma comédia romântica. Mas estava com vontade de assistir algo com Diane Lane, e só não havia visto este filme com ela. Relutante, arrisquei. Que obra prima eu perdi, por anos a fio, por cometer o engano de me deixar levar pelas aparências! Magistralmente concebido, num ritmo delicioso, que nos leva constantemente a percepções das diferentes circunstâncias da protagonista, que nos leva a ver o quanto ela dignamente expressa seu eu, resiste, persiste, aprende. Muito bem roteirizado e dirigido, com fotografia agradavel. Nada é piegas, melodramático ou vulgar. Diane Lane passa sensações intensas, vive, se entrega à personagem. O tempo todo buscamos onde está o óbvio, como se fará explícito. Essa obra prima nos mostra que o correto é viver. Não sem sentido, mas com consciência; não com preguiça, mas vendo que apesar de parecer que não, há coerência nas várias sinuosidades, e um livro não é escrito em 30 segundos... Perderia o sabor. Belíssimo fim, muito sábio. Palmas para os realizadores!