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Tom B.
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23 críticas
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2,5
Enviada em 4 de maio de 2013
É um filme que - sem dúvidas - divide opiniões. Ele começa do fim e termina no começo, com uma trilha sonora opressiva. Pode causar náuseas. É um filme que não gera boas sensações e você sairá dele bastante pesado. Um mergulho no pior do underground parisiense com cenas feitas com o mero intuito de chocar. Se você é um curioso, vá em frente, mas não se lamente depois.
O filme tem um roteiro muito simples, mas compensa pela sua narrativa, começando de trás pra frente, não são cenas de final que se misturam com inicio, como pub fiction ou amnésia, o filme realmente começa do final e termina no inicio, com uma câmera que não fica num tripé e fica sempre rondando o cenário causando um enjoou, a polêmica cena de estupro com certeza é uma das mais angustiantes do cinema, se você ficou enjoado com a cena, ela atingiu seu objetivo então não pode ser criticada, a simulação de plano sequencia também é muito boa, e as atuação ótimas, irreversível é um filme para poucos, mas com certeza é um experiência cinematográfica que tem que ser passada.
A inquietação da câmera, as imagens perturbadoras do submundo homossexual francês, a violência dos fatos, o áudio abafado, tudo isso contribui para que Irreversível seja nauseante desde o começo. O que faz dele uma obra-prima do cinema moderno é exatamente isso, o choque, como se Gaspar Noé nos falasse: "essa é a verdade nua e crua e vocês não estão prontos para ela". Se fosse rodado com uma câmera amadora, o filme passaria muito bem por um documentário, dos mais perversos já feitos, pois a veracidade das imagens, principalmente na cena chave do filme, é surpreendente, resultado de um bom elenco e direção cenográfica. As cenas sem cortes e extensas também contribuem para isso. Como é contada de trás para frente, onde o fato seguinte justifica o anterior, as sequências passam a se acalentar após a cena do estupro, o que dá a estranha sensação de que tudo termina bem, porém o espectador sabe dos fatos, irreversíveis, e toda essa paz só aterroriza.
Gaspar Noé, diretor conhecido por sua abordagem visceral e provocativa, eleva a discussão sobre os limites do cinema em Irreversível. Este drama psicológico é ao mesmo tempo fascinante e perturbador, desafiando as convenções narrativas ao utilizar a estrutura reversa para contar uma noite de tragédia e vingança.
O filme, estrelado pelo trio brilhante Monica Bellucci, Vincent Cassel e Albert Dupontel, conduz o espectador por um labirinto emocional, começando com atos de violência e culminando em uma esperança irônica — revelada somente no final cronológico da história. Ao inverter a ordem dos acontecimentos, Noé não apenas redefine o impacto da narrativa, mas também obriga o público a refletir sobre as escolhas e consequências que precederam cada evento.
O ponto central do enredo, a infame cena de estupro que choca por sua brutalidade e realismo, é um divisor de águas na história do cinema. Gaspar Noé utiliza técnicas cinematográficas de maneira magistral, como os planos-sequência intensos e os sons de baixa frequência que aumentam a sensação de desconforto. Essas escolhas visuais e sonoras transformam o filme em uma experiência sensorial quase insuportável para muitos, mas é exatamente nessa intensidade que reside seu impacto.
Embora tenha sido indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, Irreversível não é um filme para todos. Sua crueza e seu desespero emocional o tornam mais uma experiência do que uma narrativa convencional. O mérito de Noé está em sua dedicação ao realismo brutal e em sua habilidade de explorar as profundezas da humanidade — tanto as mais sombrias quanto as mais esperançosas.
Por fim, Irreversível não busca agradar ou confortar; ao contrário, ele exige uma reflexão profunda sobre a fragilidade humana e a violência que permeia nossas escolhas. É uma obra que desafia e permanece com o espectador muito tempo após os créditos finais.
Preciso, bem dirigido, ótima ambientação, trilha sonora, a movimentação da câmera e uma realidade crua, nua e visceral. Você sofre junto a vítima, você fica ofegante junto ao "justiceiro". Que experiência nauseante, atordoada e impactante.
Filme sensacional! Noé foi simplesmente genial em toda a trama. Pensou em tudo e mesmo com uma abordagem diferente consegue não deixar sequer um buraco. Fotografia, jogo de câmera, trilha sonora, roteiro, tudo faz um casamento perfeito. Filme indispensável, e não deve-se reduzi-lo as duas cenas fortes de violência, vai muito além disso. Recomendo pra todos essa dose de realidade.
Se você se deixar levar pela história,irá acompanhar um ótimo filme. Gaspar Noé faz uma direção exemplar,já que opta por se passar apenas por mais um personagem em certas cenas.A câmera trêmula nos passa bem essa sensação.Não há como fugir que a história passada aqui,acontece diariamente na vida real.Desse ponto,temos que analisar alguns momentos do filme,principalmente os mais dramáticos.A violência contribui muito para o filme ser tão dramático,algo que ficou muito bom,pois as cenas são realmente chocantes.
Monica Bellucci me causou muita aflição que há tempos não tinha assistindo a um filme.A sensação que dá é que a todo momento você quer entrar em cena e fazer algo.É uma das cenas mais perturbadoras que já assisti.
Quando crescemos aprendemos a difícil lição de que a vida não é um conto de fadas e bem sabemos que nem todas as histórias da vida real têm finais felizes. Mas geralmente projetamos nossas esperanças no cinema e nos sentimos recompensados com os finais felizes dos filmes. Porém, Irreversível, de Gaspar Nóe, lançado em 2002 é um filme que vai contra tudo isso. É uma historia recheada de tragédias, angústias, traumas e a violência que estamos sujeito em nossas vidas. O filme narra em ordem inversa a história de dois homens pelo submundo de Paris, em busca de vingança, à procura do homem que teria estuprado e espancado a namorada de um deles. Filme ambientado em Paris, mostra o lado sujo da cidade, o lado sombrio do homem e nos deixa nauseados com os ângulos e rotações que a câmera faz, como se entrássemos na mente perturbada dos personagens e através de cada cena violenta, crua e real tomássemos um choque ao perceber quanto terror pode haver na vida.
spoiler: Muito bom. Pena que é muita jogadinha de marketing! Não achei violento/perturbado/nojento e outras coisas que as pessoas falam do filme. Só a cêmra girando no começo e o zunido nas cenas do bar gay que me deixam tonta! hahaha Reparem que lá pelos 45 minutos e 45 segundos do filme, na cena em que ela já esta sendo atacada no corredor, um homem aparece ao fundo, entra no corredo, vê que tem merda acontecendo, olha e foge. Na minha opinião, esse filme deveria ser exibido pra juventude pra eles terem noção de quantos crimes poderiam ser facilmente evitados. Nada justifica a violência, mas o que tem na cabeça uma pessoa que passa por um metrô abandonado? Um lugar que só dá gente esquisita! Segundo: porra, ela viu o cara espancando o travesti, e ao invés de sair louca correndo dali ainda tenta passar pelos cara! Devia ter feito como o rapaz que corre durante a cena do estupro! Foge minha filha! O que mais gosto desse filme é o lance de mostrar que às vezes facilitamos pra que crimes aconteçam!
O filme é claustrofóbico,se percebe logo no começo(no final) e tem vários artifícios para te fazer ficar incomodado,pra mim não fez efeito,tirando a tremedeira da câmera,mas li que várias pessoas sentiram náuseas e outras coisas. Parece ser chato e sem sentido,mas depois que assistimos um pouco mais,vai ficando mais fácil de se entender. Achei válido a cena da violência contra a Alex,justamente pra que tenhamos uma noção de quão horrível,verdadeiramente ela é (e a mesma foi filmada pela própria Monica.) Realmente,não temos poder sobre o destino e o que foi feito,não podemos mudar. "O tempo destrói tudo"
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