Charles Laughton ganhou o Oscar de melhor ator em 1934 por este filme, sendo o primeiro filme não americano a ganhar um prêmio. O filme é mediano e retrata com um humor ácido e bem ágil a vida privada do rei e suas escolhas amorosas. Claro, que para manter a comédia, se usam muitas caricaturas e as personagens acabam se resumindo a uma personalidade única e imutável, principalmente as esposas. Para os tempos modernos, tal comédia poderia ser considerada até uma afronta ao feminismo, mas muitos diálogos são bem coerentes e inteligentes. Destaco a cena da decapitação de Ana Bolleis seguida do casamento e a trama da esposa alemã na noite de núpcias como os pontos altos do filme. Se Charles mereceu o Oscar de ator? A impressão que dá é que a disputa estava tão fraca que ele pode ser o menos pior do ano, pois seu trabalho não é tão espetacular.