Acredito que a sinopse esteja um pouco equivocada.
Quem volta é France a filha de Aimée.
O filme é gigante ao mostrar a construção das relações dessa época: colonialismo, racismo, desejos.
A fotografia é linda, o roteiro muito interessante e os atores estão muito bem nos papéis, é certamente um belo filme para quem gosta de cinema, bom pra treinar o francês!
France qdo criança construiu uma bonita e sincera amizade com o criado Protée, que durante todo o desenrolar do filme demonstra de forma consistente sua cultura e nobreza. Um rapaz muito bonito, beleza essa muito bem explorada pela diretora Claire.
No entanto, essa bela amizade se vê brutalmente interrompida após Aimée demonstrar interesse em Protée e ser recusada (justamente por ele ser um homem muito correto, ao meu ver). Aimée o pune fazendo com que o marido o coloque num trabalho fora da casa e ele se vinga em France.
Achei forte o fato de a mesma queimadura que ele provoca em France, ele tb provoca em si mesmo.
E tb a metáfora da linha do horizonte trazida pelo pai de France nos diálogos com a filha antes desse ocorrido: como é efêmera a linha do horizonte, vc nunca a alcança, qto mais vc tenta se aproximar, mais ela se afasta e se torna outra coisa.
Pode estar tb relacionada ao colonialismo? Não ficou claro para mim.
Outra coisa interessante é o silêncio entre mãe, filha e criados, as falas praticamente se limitam às ordens do dia a dia.
E o final, qdo a France adulta simplesmente decide ir embora sem revisitar a casa, depois que o rapaz que lhe deu carona ler suas mãos e lhe dizer que ela não tinha nem passado e nem futuro.
Enfim... acho que terei que ver o filme novamente... muitos pontos abertos! rs
Mas recomendo.