O debate entre fé e ciência é sempre polêmico,tendo em vista isso,a segunda parte da trilogia o Apocalipse de John Carpenter aborda essa questão,porém no fim das contas o resultado é um tanto quanto decepcionante.
Essa ideia de trabalhar essas divergências poderia de verdade dar certo.Temos o padre e o segredo da igreja que agora está prestes a ser revelado,ainda temos o professor e física e um monte de alunos gênios de diversas áreas que tentam e alguma maneira explicar essa misteriosa massa.Mas o roteiro de Carpenter investe demais em uma história que toma diferentes rumos,quando menos o espectador espera ele inventa um filme de possessão onde os jovens são controlados por uma força maligna.De certa forma até dá para levar em consideração isso,mas parece que Carpenter não consegue dar profundidade a isso e no interesse de oferecer questionamentos,ele falha em uma construção e suspense e tensão que é nulo nesse filme.
Percebi também um excesso de personagens aqui e muitos deles sub desenvolvidos como é o caso dos que teoricamente seriam os principais.O Brian e a Catherine que são um casal possuem um bom começo mas vai perdendo espaço em uma trama inchada e com isso não dando profundidade a ambos.Já o horror aqui vem muito do visual que é característicos dos filmes o diretor.A maquiagem excelente rende cenas visuais sinistras,aliás acho que esse tipo de horror até que de certa forma é bem aproveitado lá no terceiro ato onde ele esboça alguma tensão.Tem também ótimas ideias que envolvem portais e visões e viagens no tempo que se fosse mais bem desenvolvidas certamente teria chegado a um resultado melhor.
Não me leve a mal,mas Prince Of Darkness não é grande coisa.Há sim ótimas ideias por parte do Carpenter que envolvem discussões entre ciência e fé,e viagem no tempo.Mas tem personagens demais e no processo falha ao nao dar atenção aos personagens quando para para explicar demais as situações.Além disso existe uma certa falta de tensão em muitas cenas de morte que são compensadas pelo excelente trabalho de maquiagem que é perfeito.