Grande filme. Hal Hartley surpreende ao atualizar e ao mesmo tempo subverter a velha história de "A bela e a fera". Não há como não se impressionar com a operação feita por Sarah Polley ainda na primeira metade do filme e, posteriormente, com o cinismo demonstrado pelo Monstro em suas falas. Isto sem falar às constantes citações à atualidade, como as ameaças terroristas aos EUA e o papel da imprensa ao cobrir os fatos. Grandes atuações de Sarah Polley e Robert John Burke, sendo que a primeira apresenta um misto de pureza e bondade e o segundo é uma síntese perfeita da desilusão com a raça humana.