Neste filme de 1987, na primeira película de Pedro Almodóvar com Antonio Banderas, estamos diante de uma das estória mais calientes do espanhol.
Sedutor, sensual e erótico, a história nos conduz ao âmago da atração, dos motivos emocionais que nem Freud, Jesus ou Shiva explicam.
A tensão e paixão na literatura romântica é uma mistura comum. Quase todo amor romântico é levado à um exagero dramático, como bem acontece nas páginas do jovem Werther de Goethe, com Julieta Shakespeariana.
Ainda que estes livros a tragam de maneira muito cristã e comportada o romantismo, ‘’A lei do desejo’’ busca repaginar o ideário de um filme sobre o amor, focalizando com iluminação incandescente, o desejo.
O espanhol incorpora Marques de Sade e faz a festa!
De maneira elegante e sedutora, vamos sendo levados em meio a tensão e paixão, a para a expectativa do gran-finale, como é que este filme acaba?
Assim disse o poetinha: ‘’Para viver um grande amor,
primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro.
E ser de sua dama por inteiro
Seja lá como for’’.
A lei do desejo tem de tudo para ser um grande romance. Mas que expectador dirá que está confortável em assistir seus desejos sendo exibidos em imagens?
Álmodovar arrisca a filmar sobre um tema que ainda nos anos 80 era bastante polêmico, e ali está uma possibilidade de grandiosidade.
Um filme que não agrada muitos, porém, uma interessante psicanalítica da condição do desejo humano.