Diários de motocicleta:
Um filmaço do diretor brasileiro Walter Salles, chamado "Diários de Motocicleta", porém a produção do filme é americana e os atores latinos e falado em Espanhol, é o Brasil invandindo o cenário do cinema internacional; o filme retrata uma viagem que Che Guevara fez pela América Latina, sua primeira de tantas, quando ainda era jovem, mas que solidificou seus ideais socialistas. O jovem Che Guevara é vivido pelo excelente ator Gael García Bernal (Má Educação, O Crime do Padre Amaro, Jogo de Sedução, etc.), ele viaja pela a América Latina com seu amigo Granado (vivido pelo ótimo Rodrigo de la Serna), a bordo de uma motocicleta muito velha e cheia de defeitos mecânicos, chamada, ironicamente, de "La Poderosa"; os dois abandonam os seus respectivos cursos universitários e suas estabilidades econômicas e sociais de vida, para viverem essa "aventura socialista", pois foi a partir daí que Che Guevara resolveu lutar por uma América mais justa e para todos, pois nessa viagem viu de tudo, exemplos: exploração da classe trabalhadora, miseráveis vivendo em extrema pobreza, além de doentes abandonados à própria sorte, em especial, os leprosos, etc.; hoje ele é um mito até mesmo vulgarizado, mas no filme de Salles, por sinal muito bem dirigido, roteirizado, conduzido, realizado, interpretado e de forte e profundo conteúdo político, social, cultural, e muito sentimental, tocante e comovente, Che aparece de uma forma muito humana e até mesmo ele, graças a Bernal, nos parece um homem extremamente carinhoso e cordial com quem merece esse comportamento por parte dele. Parabéns a todos que participaram e realizaram essa obra-prima da cinematografia mundial! Ao final do filme, é mostrado por meio de legendas, que Che liderou a Revolução Cubana, e tentou ajudar o Congo e a Bolívia, nesta é preso e morto a mando da CIA (novamente os norte-americanos!), e também no final do filme aparece o verdadeiro companheiro de viagem de Guevara pela América Latina, o Granado, ainda vivo atualmente, com 93 anos de idade. Maravilhoso! Esplêndido! Dez! Walter Salles motra que é um grande diretor não só para o Brasil, mas para o mundo! O filme ganhou o Oscar de melhor canção original. Mas merecia outros prêmios, como roteiro e até mesmo concorrer a melhor filme de língua não-inglesa. Mas o importante é o primor do filme! Nota: dez!