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Um visitante
4,0
Enviada em 10 de setembro de 2015
Uma comédia estranhona que começa meio morna demais, parecendo justamente parecer apenas isso – estranhona –, mas que depois de sua introdução sem ritmo nos apresenta de verdade seus personagens, sua história, sua essência. Então se torna um palco para brilhantes atuações, além de um laboratório de pequenas experimentações na direção. Amparado sobre um roteiro denso, mas nem tanto, com diálogos que poderiam figurar facilmente em um livro ou peça, “A Estranha Famíllia de Igby” nos leva a concluir que muitos começos desastrosos podem enganar à primeira vista e entregar momentos que nunca esperaríamos de um gênero como esse.
Assisti a Igby vai a luta pelas boas críticas e algumas premiações. Eu simplesmente não entendi porque Kieral Culkin foi indicado ao Globo de Ouro. Não pela sua atuação, mas pelo filme. Não vi nada que pudesse justificar a classificação do filme como "comédia". Nem o espírito ruim dos personagens (cinismo, fúrias) colocam humor no filme. Se era pra ser humor, e não foi, o roteiro é muito fraco. O enredo é bem sem sentido e o personagem de Culkin é superficial. Se o foco do filme era um adolescente problemático, o filme devia passar melhor essa imagem. A figura de Igby apenas parece de um adolescente doido sem motivos para isso (e mesmo assim não parece que usa drogas). A direção segue a fraca linha do roteiro. Quando ao elenco, todos estão bem em cena (Kieran não está nada de tão espetacular, inclusive ele até desliza várias vezes). Destaque para a solidez de Goldblum e Susan Sarandon que manteve a classe num papel cômico (ela é a única que dá alguma graça ao filme). Ryan Phillipe está com aquela mesma interpretação de sempre, e com a mesma antipatia de em "Assassinato em Gosford Park". É um filme bem medíocre; sustentado pelo elenco e sem nenhuma graça ou sentido considerável.
Decepcionante. Pelo que já tinha lido sobre "Igby vai à luta" esperava bem mais do que pude constatar na tela. Trata-se na verdade de um painel de vários personagens distintos, que são ligados por meio de laços familiares mas que não se entendem muito bem. O problema é que, apesar dos personagens até serem interessantes, não acontece nada de muito relevante com eles, passando a impressão de que o diretor apenas filmou um período qualquer de suas vidas, sem tanta importância assim. O elenco como um todo não chega a brilhar, havendo apenas um destaque um pouco maior para a atuação de Jeff Goldblum.
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