Em Henry Fonda Para Presidente, duas biografias se entrelaçam em um cinema de Paris em 1980: a do jovem cinéfilo Alexander Horwath e a do icônico ator Henry Fonda. Horwath, ao reconhecer que a imagem popular de Fonda e sua complexa trajetória, embarca em uma exploração cinematográfica fascinante. Através de um filme-ensaio editado de maneira emocionante com Michael Palm, a narrativa revela como Fonda encarna não apenas papéis individuais, mas também uma crítica profunda à autoimagem americana. Fonda emerge como um elo entre uma velha e uma nova América, refletindo a transição da lei da selva para a civilização e expondo as contradições da identidade nacional. A magia do cinema serve como um meio de desencantamento, destacando tanto a grandiosidade quanto as falhas da América. Com a voz de Fonda gravada durante sua última entrevista em 1981, o filme nos guia em uma viagem de carro pela história dos EUA, desde sua vila natal em Fonda, NY, atravessando o Centro-Oeste até o Pacífico. Em um diálogo entre passado e presente, a obra constrói um memorial cinematográfico complexo e poético, revelando Fonda não apenas como um ator, mas como uma figura deslumbrante e conflituosa em uma república invisível.
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