O sexo e o desejo feminino ainda eram tabus na época repressiva em que Ana, Patricia e Mayela eram adolescentes. A sexualidade e os sentidos de “ser mulher” são, então, descobertos a partir de experiências não supervisionadas, das normas silenciadas e exigências implícitas de uma sociedade machista. Agora mais velhas, na casa dos 60 e 70 anos, as três já colheram uma vida inteira de saberes e coragem para compartilhar suas vivências umas com as outras. Suas vozes são encarnadas poeticamente por uma narradora em off, assim como suas histórias, memórias, segredos e anseios retornam e entram em cena. Memórias de um Corpo Ardente desfruta da perspectiva de três mulheres idosas para tratar de toda uma geração cuja juventude cheia de aventuras conviveu com a violência e a censura.