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Kamila A.
7.552 seguidores
806 críticas
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4,5
Enviada em 6 de agosto de 2013
O dramaturgo James M. Barrie (Johnny Depp, em uma atuação indicada ao Oscar 2005 de Melhor Ator) era um dos autores de peças teatrais mais conhecidos da Inglaterra. As suas obras eram esperadas com antecipação pela platéia, mas ultimamente algo andava errado e Barrie parece que perdeu as chaves para o sucesso. Suas peças não eram mais boas e eram um fracasso de crítica e público. Ele – e o produtor Charles (Dustin Hoffmann) – necessitavam de um sucesso urgentemente, porém o escritor não encontrava a inspiração necessária.
Barrie era um homem bastante intrigante. Sua esposa, a atriz Mary (Radha Mitchell), era o conservadorismo em pessoa e se interessava mais pelos contatos sociais que a posição do marido lhe iria proporcionar. Barrie, ao contrário, fugia do conservador. Seu escritório de trabalho era um parque, seu companheiro diário era um cachorro (imponente no tamanho e grandioso no coração) e sua ferramenta mais valiosa era a imaginação.
No parque que freqüentava diariamente, Barrie irá conhecer a família Llewelyn Davies, a qual é formada por Sylvia (Kate Winslet, maravilhosa) e seus quatro filhos. Os Davies acabaram de sofrer uma grande perda: a do pai e marido, e ainda estão tentando reerguer suas vidas – com a ajuda da rígida mãe de Sylvia (interpretada por Julie Christie). Barrie se enxerga, de certa maneira, nos quatro meninos Davies, pois, assim como eles, quando era criança, perdeu alguém que ele amava: o irmão David. Foi neste momento que ele se viu obrigado a crescer, que ele perdeu a sua inocência, que ele deixou de ser criança e que ele transportou o menino James para um lugar que ele batizou de Terra do Nunca.
Barrie verá o menino James nascer de novo quando ele começa a se relacionar com os meninos Davies. O escritor brincará com eles de índio, pirata; empinará pipas e se colocará dentro dos lugares mais inusitados (como um navio de piratas malvados e um circo). Enfim, ele estimulará a imaginação dos meninos, visando manter neles a inocência, querendo que eles vivam a infância e que eles não percam esta fase tão importante na vida de uma pessoa. Podemos dizer até que Barrie não quer que os meninos sucumbam à vida de conservadorismo que dita as normas da existência dele, de Mary, da mãe de Sylvia e da própria Sylvia.
O relacionamento que irá se estabelecer entre Barrie e os quatro meninos – especialmente com Peter (a revelação Freddie Highmore), o mais cético dos irmãos – também servirá de inspiração para o escritor na redação daquela que é considerada a sua obra-prima: “Peter Pan”, peça que contava a história de um menino que nunca crescia e que morava na Terra do Nunca.
Uma nova abordagem para uma clássica obra. É isto que vemos no filme “Em Busca da Terra do Nunca”, filme do diretor Marc Forster, indicado a sete Oscar 2005 (incluindo as categorias de Melhor Filme e Roteiro Adaptado). Um filme dirigido com tamanha naturalidade por Forster, que nunca questionamos o fato de que Barrie é um homem que passa a maior parte do tempo se relacionando com crianças do que com a própria esposa; e, muito menos, o tipo de conexão platônica que se estabelece entre Barrie e a viúva Sylvia.
“Em Busca da Terra do Nunca” é um filme emocionante, que relata a história de todos nós, crianças que um dia crescem. Barrie queria que todos nós mantivéssemos a inocência, que encarássemos o mundo e os objetos do nosso dia-a-dia com leveza e imaginação e que não deixássemos as adversidades tomar conta do nosso ser. No entanto, o maior valor de “Em Busca da Terra do Nunca” reside no fato de que ele é o representante máximo da magia do cinema e do fascínio que ele exerce em todos nós.
Todos conhecem a história de Peter Pan, o menino que não queria crescer, com o maligno Capitão Gancho, a fada Sininho, o Jacaré com um relógio na garganta etc... Em Busca da Terra do Nunca, filme de Marc Foster, se propõe a contar a história de como a obra de J.M. Barrie foi escrita, como sua mente funcionava em um mundo cativante e seu envolvimento com a humilde família Davies, que o inspirou na criação da obra. O filme baseia toda a sua magia, de forma acertada, adicionando fantasia em um drama humano e normal. Utilizando desse método para driblar o clichê, belíssimas passagens são construídas ao longo da projeção. Em diversos momentos, enquanto Barrie brinca com as crianças de Sylvia, o filme os transporta para cenários imaginários da brincadeira, seja um barco pirata ou qualquer outra história que ele esteja imaginando para inspirá-las. Se não fosse a beleza emulada de Peter Pan, tudo poderia ser monótono em um drama comum qualquer, mas se torna uma virtude devido à boa utilização do material por parte da direção do projeto. Johnny Deep não está tão brilhante como sempre, mas faz um bom trabalho ao convencer como o escritor que busca inspiração nos novos amigos. Seus grandes momentos são nas cenas fantasiosas, onde ele pode colocar em prática tudo o que sabemos que ele é capaz, como alterar a voz, fazer caretas na medida certa e o modo de se movimentar. Em Busca da Terra do Nunca prova o nível fantástico que as produções da Miramax Filmes alcançaram no auge do estúdio. Não recomendo aos mais jovens, pelo ritmo lento e muitas falas, vai ser difícil eles captarem a mensagem. É mais fácil assistirem ao próprio Peter Pan, ou até mesmo a versão mais recente, lançada ano passado. Daqui alguns anos, quem sabe, talvez estejam prontos para esse. Para nós, já grandinhos, o que importa é aproveitar a jornada, sem esquecer o lenço no final da sessão. Excelente!
Além do mergulho na vida de um passado e presente do criador de Peter Pan, demais personagens e a inesquecível Terra do Nunca, J. M. Barrie vivido por Johnny Deep, o filme mostra com maestria um paralelo entre a fantasia e a realidade, a inquietação, ansiedade, angústias, conflitos familiares, alegrias, fracasso, sucesso daquelas pessoas que se atiram no maravilhoso mundo da Arte e o alto preço a pagar pela opção.
A inspiração para a criação dos personagens, a trilha sonora e o desfecho emocionante do filme já justificam a intenção do Oscar.
Uma das melhores atuações de Johnny Deep e Kate Winslet,
Melhor atuação de Johnny Deep em Drama. Ele e Kate Winslet ficaram muito bem juntos mesmo não sendo um casal no filme. Um filme mágico e que nos pega de surpresa a cada cena e no final literalmente entramos na Terra do Nunca.
assisti no universal channel hd, achei bem fraquinho, história muito mal produzida e muito mal dirigida, atuações pouco convincentes, cenas de drama mal elaboradas, até a dublagem deixou a desejar, não recomendo.
Um filme tocante, sensível, mesclando fantasia e realidade. Me fez gostar mais ainda da história do Peter Pan e pesquisar sobre o autor....Atuações incríveis de Depp e Kate - que vivem um misto de amor platônico e a mais pura amizade - mas principalmente do menino que faz o Peter - os olhos dele "falam" ....A cena que eu mais me emocionei das muitas do filme é quando aparece "Neverland" e o diálogo final antes do "The End"..Primoroso. Vi em 2006 revi hoje e em nada mudou a emoção que senti: em ambas as vezes chorei rios...he he....RECOMENDO pra que é fã do Depp e pra quem não é....ainda !!!
Excelente! Atuações magnificas tanto do elenco adulto como do elenco infantil!! História muito bem contada, que nos faz repensar em muitas coisas. Vale muito a pena assistir!
A história é bem adaptada,com os personagens sendo bem interpretados por cada um no elenco.O melhor do filme,é poder dar asas a imaginação,que as vezes quase que ninguém tem esse Depp,encabeça um elenco,onde temos bons personagens,e cada atuação melhor do que a a linda Kate Winslet e Radha Mitchell,que por sua vez,faz um papel bem insuportável,fazendo a esposa do personagem de Depp.E Dustin Hoffman,que não tem um papel a altura,e que ainda,perdeu seu dedo enquanto gravava o fico mesmo com mas uma vez,a atuação de Freddie Highmore,em meio a tanta gente boa,ele conseguiu se destacar novamente,sendo o centro das atenções em quase toda parte.
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