Média
3,0
277 notas
Você assistiu Anora ?
4,0
Enviada em 24 de janeiro de 2025
Sinopse:
Anora é uma prostituta do Brooklyn que casa impulsivamente com o filho de um oligarca russo. Mas o seu conto de fadas é ameaçado quando a família dele quer anular o casamento.

Crítica
"Anora", dirigido por Sean Baker, é uma obra marcante que combina comédia e drama de forma habilidosa. O filme apresenta Ani, uma jovem stripper uzbeque-americana, em uma narrativa que explora temas de identidade, amor e a luta pela liberdade em um ambiente urbano complexo. Baker, conhecido por seu olhar sensível e sua habilidade em capturar a essência da marginalidade, mais uma vez nos brinda com uma trama envolvente que revela profundidade emocional e nuances culturais.

A performance de Mikey Madison como Ani é impressionante. Ela consegue transmitir vulnerabilidade e força em igual medida, fazendo com que o público se conecte profundamente com sua jornada. A relação com Ivan, interpretado com carisma, acrescenta uma camada de romantismo ao enredo, brindando ao espectador momentos de ternura, mas também de tensão, à medida que os desafios se acumulam.

O filme é visualmente deslumbrante, com Baker utilizando a vibrante atmosfera de Brighton Beach para intensificar a narrativa. As cenas são compostas de maneira a capturar tanto a beleza quanto a dureza da vida na cidade, refletindo o dualismo que permeia a história de Ani. A cinematografia, cheia de cores vivas e detalhes sutis, ajuda a construir uma ambientação que se torna um personagem à parte.

Baker aborda com habilidade os dilemas morais das escolhas de Ani, fazendo com que o público reflita sobre o que significa amar e sacrificar-se por aqueles que amamos. "Anora" não é apenas uma história de amor; é uma potente exploração das aspirações e desafios de uma mulher em busca de liberdade em um mundo que muitas vezes não é gentil.

Em suma, "Anora" é uma adição significativa à filmografia de Sean Baker, que reafirma sua capacidade de contar histórias com empatia e uma perspectiva única. É um filme que ressoa e provoca, deixando uma impressão duradoura.
3,5
Enviada em 16 de fevereiro de 2025
Sean Baker, conhecido por sua abordagem realista e observacional, entrega em Anora uma narrativa que transita entre o drama e a comédia, abordando a relação entre classe, imigração e poder com um olhar crítico. A história acompanha Ani, uma stripper uzbeque-americana que se envolve com Vanya, filho de um oligarca russo, desencadeando um drama que expõe as dinâmicas de poder dentro de uma relação aparentemente improvável. O filme foi altamente aclamado, levando a Palma de Ouro em Cannes e garantindo várias indicações ao Oscar, BAFTA e Globo de Ouro. Mas essa aclamação é justificada?

A narrativa de Anora é estruturada como uma fábula moderna, onde um amor aparentemente improvável surge entre duas figuras de realidades opostas. O desenrolar do casamento impulsivo e a subsequente luta entre Ani e a família Zakharov exploram a luta de classes e a ilusão do "sonho americano". Embora Baker seja brilhante ao apresentar personagens marginais sem reduzi-los a estereótipos, a segunda metade do filme perde um pouco da força ao transformar a história em uma sucessão de confrontos previsíveis. O desfecho, por mais impactante que seja, sugere uma resignação que enfraquece a potência da jornada de Ani.

Mikey Madison entrega uma performance digna de prêmios, conferindo a Ani um equilíbrio entre vulnerabilidade e astúcia. Ela captura a ambiguidade da personagem, que oscila entre se aproveitar da situação e ser tragada por um jogo maior do que ela. Mark Eydelshteyn, como Vanya, é eficaz ao retratar um jovem mimado e ingênuo, mas sua atuação carece de camadas mais profundas, tornando a dinâmica entre o casal um pouco desequilibrada. O elenco coadjuvante, especialmente Yura Borisov como Toros, adiciona gravidade e ameaça à trama, elevando os momentos de tensão.

O roteiro de Baker é marcado por um realismo cru e uma naturalidade que dá autenticidade aos personagens. No entanto, a repetição de certas interações, especialmente entre Ani e os antagonistas, pode cansar. O filme brilha quando explora a relação entre Ani e os diversos homens que tentam controlá-la, mas enfraquece ao simplificar o arco de Vanya. A falta de um desenvolvimento mais profundo do protagonista masculino faz com que sua decisão final pareça previsível e, em certo ponto, artificial.

A cinematografia, como é característico de Baker, aposta no realismo e na captura da energia vibrante de Nova York e Las Vegas. A direção de fotografia enfatiza a claustrofobia dos espaços e a iluminação natural reforça o tom documental do filme. A escolha de enquadramentos fechados intensifica a imersão no mundo de Ani, destacando sua luta constante contra as forças que tentam dominá-la.

A trilha sonora é eficaz, mas não memorável. As escolhas musicais complementam a atmosfera do filme sem se sobrepor à história. O uso de silêncio em momentos-chave funciona bem, amplificando a carga emocional de determinadas cenas.

O desfecho de Anora é um dos aspectos mais discutíveis. A escolha de Ani de aceitar a anulação e sua cena final com Igor carregam um simbolismo forte, mas também deixam um gosto amargo. Embora a intenção de Baker seja mostrar a dura realidade de mulheres como Ani, o roteiro poderia ter dado a ela uma resolução menos conformista. No fim, a mensagem do filme pode ser interpretada tanto como um retrato brutal da desigualdade quanto como uma aceitação resignada de um destino predeterminado.

Anora é uma obra relevante e impactante, reafirmando o talento de Sean Baker em contar histórias sobre personagens marginalizados. A atuação de Mikey Madison é o ponto alto do filme, e a direção de Baker continua afiada. No entanto, a previsibilidade de algumas escolhas narrativas e a falta de profundidade no arco de Vanya impedem que o filme atinja um patamar ainda maior.

Ainda assim, Anora se destaca como uma das produções mais autêuticas e instigantes do cinema recente, garantindo seu lugar entre os filmes mais memoráveis de 2024.
4,0
Enviada em 9 de março de 2025
Anora foi um filme dirigido e roteirizado por Sean Baker. De fato, é um filme que arrasta um polêmica não de apenas ter vencido a categoria de melhor filme do ano, mas também de denúncia de plágio e todo os problemas envolvendo Baker em suas redes sociais. Anora recebeu 6 indicações ao oscar de 2025: melhor ator coadjuvante (Yura Borisov), melhor filme, melhor atriz (Mikey Madison), melhor direção, melhor roteiro original e melhor montagem (vencendo as 5 últimas categorias).O filme conta a história de Anora (Mikey Madison) que é uma prostituta do Brookylin e acaba conhecendo um filho de um oligarca russo, Zakharov (Mark Eydelshteyn). O garoto acaba se apaixonando pela jovem e decide em poucos dias se casar com a mesma. O casamento acaba despertando do interesse da família russa (pai e mãe) de anular o casamento o quanto antes. Para isso, acaba enviando 3 capangas para fazer isso. O filme funciona como um conto de cinderela nos dias atuais e como Baker gosta de trabalhar em seus filmes sobre minorias, apostou em uma garota de programa dessa vez. O primeiro ato do filme (um pouco cansativo e repetitivo) acaba mostrando como é a vida de Anora, mas foca muito em como é a vida de luxo e de festas do Zakharov. Mesmo antes do pedido de casamento, já sabemos que a relação de ambos estar fadada ao fracasso, pois as diferenças sociais são gritantes e a pobre da Anora parece realmente ter depositado a sua crença no amor nisso. O filme começa a ficar interessante em seu segundo ato com a chegada dos capangas em especial um deles que rouba a cena, Igor (Yura Borisov), pois se comporta diferente dos demais, sendo mais sensível e compreendendo e por vezes ficando do lado de Anora. Os tons de comédias muito atribuídos a situações cômicas vivenciadas por Anora e pelos 3 capangas deixa o filme mais leve. Mas é no seu terceiro ato que a personagem mostra a sua fragilidade e é onde a Madison realmente brilha. Podemos dizer que é um filme bom e que muito vão discordar de ter vencido a categoria de melhor filme (na visão de muito o diretor errou na mão e mostrou o lado sexual muito explicito). Mas não da para desmerecer a atuaão da Madison que fez um excelente interpretação e nas métricas do Oscar ( e aqui estamos falando de uma premiação dos EUA) realmente foi a verdadeira merecedora.
4,0
Enviada em 10 de março de 2025
O filme consegue provocar um misto de emoções, no início aparenta ser uma comédia ao estilo Bruna surfistinha, mas a partir do momento que os capangas do leste europeu surgem na história o filme embala e garante grandes emoções!
A atuação de Mikey Madison foi sensacional.
5,0
Enviada em 27 de janeiro de 2025
Anora “Ani” Mikheeva (Mikey Madison) é uma stripper de uma casa noturna de alto padrão, o “Headquarters”, em Nova York, onde ela conhece Ivan Zakharov (Mark Eydelshtein), filho de um milionário mafioso russo, que a contrata por uma semana, se apaixona e decide se casar com ela.

Comédia romântica que começa parecendo uma derivação de UMA LINDA MULHER (Pretty Woman, 1990) mas que toma um rumo bem diferente e excitante (em todos os sentidos). E, se Mark Eydelshtein não é nem sombra de Richard Gere, Mikey Madison se sai muito bem como uma Julia Roberts da geração Z, mais empoderada, mais feroz, mais cínica e bem pouco romântica. A atriz está virtualmente em cada quadro do filme do qual é a cara, a alma e o coração. A simpatia da audiência está toda do seu lado e contra qualquer obstáculo que surja contra a sua felicidade. O diretor, roteirista e editor Sam Baker faz um trabalho estupendo em introduzir o personagem de forma quase informal, quase blasé e, aos poucos, nos fazendo apaixonar por ela. Na segunda metade o filme muda completamente de foco, de ritmo, de cores e de dores. Sem spoilers, mas a entrada em cena de Igor (Yura Borisov) e Toros (Karren Karagulian) injetam muita ação, muito humor e uma nova dinâmica à história, que até então, vinha bastante açucarada. Destaque para Yura Borisov, com seu Igor caladão que vai ocupando o pouco espaço deixado por Madison e vai ficando mais e mais apaixonante.

O filme é uma rajada de ar fresco no gênero comédia, que me fez dar altas gargalhadas (coisa rara) e vibrar como se fosse um filme dos Vingadores. Os rostos novos, a fotografia colorida e suja (sem se tornar feia), a direção de arte caprichadíssima nos detalhes de uma Nova York underground pouco conhecida, o design sonoro ridículo de bom, com direito a música contagiante e a edição... ah, a edição inspirada e impecável do próprio diretor que é quem nos deixa com aquela vontade doida de sair dançando na rua. Recomendo com todas as minhas forças, sem restrições. O filme foi premiado com a Palma de Ouro em Cannes, foi eleito o Melhor Roteiro do ano pelos Críticos de Nova York, top 10 do National Board of Review, e melhor filme pelos Críticos de Los Angeles. Emplacou sólidas 5 indicações ao Independent Spirit, 3 ao SAG, 7 ao BAFTA e 6 ao Oscar.

Para quem ficar com a sensação de já conhecer a gracinha da Mikey Madison sem conseguir se lembrar de onde: ela fez uma pontinha em ERA UMA VEZ EM... HOLLYWOOD (Once Upon a Time in... Hollywood, 2019), de Quentin Tarantino, onde era aquela integrante do culto do Charles Mason em quem o Leonardo DiCaprio taca fogo, na cena final.
3,0
Enviada em 18 de março de 2025
Com uma temática relativamente simples, mas muito bem dirigido. O caos predominante no filme todo foi o diferencial.

Sobre atuação, a protagonista ganhadora do Oscar vai bem, mas Fernanda Torres se sobressai.
0,5
Enviada em 14 de fevereiro de 2025
Que lixo de filme! Somente cenas de sexo apelativas e desnecessárias, sequências de brigas e palavrões cansativas, muuuita gritaria, sem nexo algum, uma história improvável e surreal. O garotão mimado que se casa em Las Vegas, sem pacto pré nupcial, com uma prostituta sem mal a conhecer e ainda fui obrigada a ler que a gente se identifica e torce pela personagem. Não percam seu tempo! Filme ridículo. Hollywood está em decadência pra indicar esse lixo ao Oscar.
1,0
Enviada em 29 de janeiro de 2025
Pra mim só provou o quanto Hollywood está em decadência e o Oscar mais ainda.

Inacreditável um filme desse ser indicado a melhor filme.

Filme medíocre.
Roteiro pessimo. A cada 10 palavras, 9 é palavrão. Cenas de sexo uma atrás da outra sem sentido algum.

História totalmente tosca e com final pior ainda. Parece filme de adolescente (e filme ruim, pois tem muito filme adolescente bom).

Ultimamente se concorre a Oscar, pode correr!
3,0
Enviada em 1 de fevereiro de 2025
Filme tem suas partes engraçadas, mas no geral é fraco. Muita cena dispensável de sexo. Final não agradou. Nada de diferente. Enredo ja desgastado. Ponto positivo para o gagster careca. Que fica c a protagonista na cena final.
0,5
Enviada em 17 de março de 2025
Filme idiota é até woke em q entre outras uma prostituta quebra literalmente a cara de 2 mafiosos RUSSOS e eles no maior pastelão não fazem nada enquanto ela esculhamba o chefe dele! Totalmente politicamente incorreto! Gênero: filme de mulher ♀️
Critkurtclass!
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