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    A Metade de Nós
    Média
    3,2
    6 notas
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    Kamila A.
    Kamila A.

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    3,5
    Enviada em 29 de maio de 2024
    Quando você perde o marido/a esposa, vira viúva (o). Quando você perde o pai/a mãe, vira órfão/órfã. E quando você perde um (a) filho (a), se transforma no que? O filme “A Metade de Nós”, dirigido e co-escrito por Flavio Botelho, fala sobre a caminhada do casal Francisca (Denise Weinberg) e Carlos (Cacá Amaral) após a perda do único filho Felipe, em decorrência de um suicídio.

    Acompanhar o luto de Francisca e Carlos é vivenciar, com eles, as diversas etapas desse processo: a tentativa de compreender o que houve/os motivos por trás da decisão de Felipe; a dor que acompanha a vontade de falar sobre o ente querido que se foi; se permitir sentir a dor da perda e, principalmente, ser atropelado pela vida, que insiste em continuar e em seguir seu curso, independente de você estar pronto (a) para isso ou não.

    “A Metade de Nós” é um filme marcado pela sutileza, mas principalmente pelas marcas que a morte de Felipe deixa em seus pais. Sobreviver à perda de um filho não é fácil. Neste sentido, os pontos altos do longa acabam sendo as atuações silenciosas e igualmente sutis de Denise Weinberg e Cacá Amaral.

    Baseado nas próprias experiências do diretor Flávio Botelho, que perdeu uma irmã para o suicídio em 2007, “A Metade de Nós” ganhou o Prêmio do Público como Melhor Filme de Ficção Brasileiro na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, realizada em 2023.
    Ravi Oliveira
    Ravi Oliveira

    7 seguidores 230 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 1 de outubro de 2024
    Sinopse:
    Francisca e Carlos lutam para se adaptar à nova realidade após o suicídio do único filho, Felipe. Mergulhados em fantasias, medos e melancolia, o casal se separa. Cada um a seu modo vivencia experiências radicais. Carlos se muda para o antigo apartamento de Felipe, alienando-se na vida do filho morto. Já Francisca, assombrada pela culpa, dedica-se a desvendar o enigma do suicídio.

    Crítica:
    "A Metade de Nós", dirigido por Flávio Botelho, é um filme que busca explorar a complexidade das relações humanas e as nuances do amor contemporâneo. A narrativa gira em torno de um casal que, enfrentando desafios pessoais e coletivos, tenta encontrar um meio-termo em suas vidas. 


    A cinematografia é um dos pontos fortes da obra. Os ângulos e a paleta de cores escolhidos ajudam a criar uma atmosfera introspectiva, refletindo a dualidade das emoções vividas pelos protagonistas. A fotografia é cuidadosa, e os cenários urbanizados de sua cidade representam bem a solidão e a conexão nas grandes metrópoles.


    As atuações, destacando-se o casal principal, trazem uma química palpável, que permite ao espectador se conectar com a jornada deles. Os diálogos, em alguns momentos, foram bem construídos, oferecendo tanto leveza quanto profundidade. No entanto, existem cenas que parecem um tanto arrastadas, o que pode diminuir o ritmo do filme em alguns trechos. 


    Apesar de sua premissa instigante, o filme peca em alguns aspectos de ritmo e reviravoltas. Algumas resoluções parecem previsíveis, o que tira um pouco da intensidade emocional que a trama promete. O tema da busca por autodescoberta e realização pessoal é relevante, mas, em certos momentos, parece carecer de uma profundidade que poderia intensificar o impacto da histórias contadas.


    Outra crítica é a escolha de alguns personagens secundários que, embora interessantes, não têm um desenvolvimento que justifique sua presença na trama. Eles parecem mais como caricaturas do que figuras que realmente contribuem para a evolução do enredo.


    Em suma, "A Metade de Nós" é um filme que vale a pena ser assistido, principalmente por aqueles que apreciam histórias de amor contemporâneas com um toque de introspecção. É uma obra que, apesar de suas falhas, consegue provocar reflexões sobre relações e o autoconhecimento, deixando o público com uma sensação agridoce ao final.
    Letícia Mariana Lopes
    Letícia Mariana Lopes

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de junho de 2024
    Eu assisti no Espaço Itaú de cinema! Foi nesse Sábado, dia 01/06/2024. Fui com o meu companheiro.
    Um público restrito. Pouca gente e apenas um horário.
    Simplesmente incrível! O nosso cinema merece reconhecimento! Fiquei entristecida com o vazio de lá. Emocionante! Temática real. Drama real. Filmagem impecável! Até passei vergonha, pois me empolguei com a história e falei alto num momento. rs. Mas valeu a pena cada segundo! Parabéns aos artistas, roteiristas, produtores, todos! Que o trabalho seja reconhecido e valorizado, pois merece.
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