Um dos mais populares e celebrado escritores brasileiros, Luis Fernando Verissimo é o objeto de retrato do documentário “Verissimo”, dirigido e co-escrito por Angelo Defanti. O filme captura a rotina do escritor nas vésperas de seu 80º aniversário, em 2016.
Chama a atenção em “Verissimo” o contraste entre a euforia advinda da chegada do natalício e a rotina calma, envolta em acontecimentos quase frívolos, do retratado.
No documentário, Verissimo é mostrado em todos os papeis que desempenha: o marido amoroso, o pai, o avô, o escritor ativo que mantém-se em atividade (seja escrevendo, dando entrevistas, lançando livros e participando de eventos públicos) e o idoso marcado por questões de sua própria idade.
Porém, confesso que o que mais ficou comigo enquanto assistia a “Verissimo” foi perceber o quanto o escritor tem um caráter introvertido dentro de si mesmo. Ele é silencioso, um homem de poucas palavras. Em alguns momentos, ele pareceu desconfortável/melancólico diante de algumas situações. Ao ponto de eu me perguntar: quando ele se sente à vontade? Será se diante do computador, ao escrever? Será se diante de sua cuidadosa e amorosa esposa? Será se diante da inocência dos netos? Não sei.
O que eu sei é que “Verissimo” comprova que estamos diante de alguém admirado por anônimos, porém, principalmente, um homem que é extremamente amado pela sua família.