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Leonardo A
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180 críticas
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3,0
Enviada em 29 de agosto de 2024
Metalinguagem para amantes do cinema. Através de uma narrativa simples, autobiográfica, fala da extinção e decadência do centro da cidade de Recife e seus cinemas. O roteiro “universal” da “modernidade” e da gentrificação cruel.
Retratos Fantasmas é algo indescritível, desde o começo ao fim, com a narração e direção de Kleber Mendonça Filho conhecemos no centro de Recife no século 20 a historia da cidade a partir do cinema do centro da cidade, onde a população lotava as salas, no filme além de contar a história do cinema de Recife também revemos a historia do Cinema Nacional, Kleber Mendonça nos proporciona uma viagem no tempo com este filme excelente.
Homenageia o cinema antigo, as raízes do cinema Pernambucano. Um filme pra lá de muito bom ! Que além de homenagear recife, homenagea também quem fez parte do cinema no Recife.
Um filme que retrata um pouco da história de vida do Diretor, através de sua narração. Contém muitas fotos e registros antigos, mesclados com algo mais recente, me parece. Um documentário que conta sobre a cultura que envolve o centro do Recife e o seus cinemas e como a história foi se modificando através da política e das imposições do meio ambiente que os cerca. Bastidores de como eram rodados os filmes. Destaque para a cena final do filme quando há um diálogo entre o diretor e um ator/taxista/uber que me paralisou em frente a tela da televisão de tão cativante que foi pra mim ver essa cena como um todo. Referência de taxi drive na aparição do diretor, nos enquadramentos e nas luzes que banham a cena. Ademais, pelo diálogo exótico, natural e extremamente interessante entre os dois. Um diálogo da vida real que pode acontecer com frequência.
Como jornalista, eu fiquei muito feliz em desfrutar do trabalho de pesquisa de Kleber Mendonça Filho em Retratos Fantasmas. Como recifense, eu me emocionei do início ao fim com este trabalho do cineasta pernambucano. O resgate da memória dos cinemas do centro de uma cidade diz muito sobre aquele lugar. Eu senti cheiros, gostos e texturas enquanto assistia ao filme. Fiquei saudosa, fiquei triste e também fiquei reflexiva. É mais um filme de KMF que é ao mesmo tempo ode ao Recife e lamento pelo descaso e pela ganância fruto do capitalismo. Enfim, espero muito ainda ver muitos outros filmes do jornalista e cineasta.
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