Às vezes quero sumir teve a direção de Rachel Lambert e contou com o roteiro de Stefanie Abel Horowitz e Kevin Armento. O filme conta a história de Fran (Daisy Ridley) que é uma mulher solitária, introspectiva e desajeitada que trabalha em um escritório. Porém, com a chegada de Robert (Dave Merheje), um novato, Fran acaba tentando criar conexões com o mesmo. O filme é muito reflexivo e a apatia de Ridley fez com que o seu papel brilhasse de forma intensa. A direção procura por meio de metáfora em alguns detalhes em cenas (confusas), mostrar o estado de espírito e conflitos que Fran está passando (principalmente após a chegada de Robert). Todo esse desenvolvimento é feito de forma lenta e por meio do silencio da protagonista, mas que de alguma forma procura ilustrar seu pensar e agir, um verdadeiro mix de emoções. O filme procura apresentar a complexidade de um mundo na qual necessitamos frequentemente de interações. A aparente apatia de Fran na verdade é um pedido de socorro que é demostrado aos poucos no filme, pois a mesma pensa em diversas formas de morrer. Isso porque para Fran o sumir é mais fácil do que a missão de viver. E aqui a fotografia do filme (mesmo simples) se fez encaixar perfeitamente com a apatia da protagonista, diante de uma cidade cinzenta e escritório apertado.