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Sílvia Cristina A.
107 seguidores
45 críticas
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5,0
Enviada em 7 de janeiro de 2013
Intensa e fiel adaptação do romance homônimo de Emily Brontë. O filme capta a aura angustiante e cruel do livro, que narra o amor socialmente impossível entre a voluntariosa Cathy e o sombrio Heathcliff. Com imagens marcantes, uma trilha sonora perturbadora e um clima tétrico ( algumas cenas se assemelham a um filme de terror) ingressamos no mundo obsessivo das paixões não realizadas , em que todos são atingidos pela desgraça do casal protagonista. Heathcliff, apesar de seu caráter rancoroso e destrutivo , é quase um mártir , pois passa por uma verdadeira Via Crucis . Sendo Emily Brontë filha de um pastor , o livro apresenta elementos redentores em seu desfecho, deixando a vingança e o ódio num segundo plano e abrindo espaço para a vida , que sempre se renova por meio do amor. Mais que um romance de caráter social ( embora haja críticas subliminares à sociedade) , "O morro dos ventos uivantes" centra-se no amour-fou ou amor desmedido, que tudo transcende , até mesmo as barreiras entre a vida e a morte. A sintonia entre Juliette Binoche e Ralph Fiennes é fortíssima e facilmente perceptível pela intensa troca de olhares e pela maneira desafiante que pronunciam os diálogos atrevidos. Sombrio, devastador , tragicamente belo.
O filme é excelente, foge de todos os paradigmas e clichês dos romances, eu diria que é extremamente realista: o desprezo que Heathcliff recebe de Hindley, embora não justifique tal atitude, o mesmo é motivado pelo ciumes da extrema atenção e mimo que o pai colocará sobre o garoto, assim expondo o motivo e a causa das atitudes desumanas para com Heathcliff.
As dúvidas de Catherine entre o amor de Heathcliff, o dinheiro e a posição social, embora muitos a critiquem, são sentimentos totalmente reais, o que torna a historia viva, não um conto de fadas com personagens que não existem, mas a obra é um reflexo do mundo real.
Sem dúvidas, é um excelente filme, embora catastrófico, o amor entre Cathy e Heathcliff é tão lindo e intenso, quebrando até as barreiras da vida, que torna todo o resto muito pequeno embora de extrema importância. É uma história muito bem escrita, recomendo ler o livro, que tem disponível para download gratuito, para entender profundamente cada cena e cada personagem.
Melhor assistir ao filme, querer tentar explicar ou sintetizar não irá transparecer a qualidade que é o enredo. Muita reviravolta. Um classudo baseado no século XVIII, isso inspira muita coisa. Principalmente pelo figurino, locação e ambiente. Os interpretes se saíram muito bem. Aos amantes de bons filmes, fica a recomendação.
Beleza de filme! Envolvente e comovente, me fez refletir as nossas escolhas diante das convenções sociais e as suas consequências. Revela o outro lado cego e destruidor do amor.
Quando o roteiro é adaptado, logicamente não esperamos que a narrativa cinematográfica siga ao pé da letra o livro. Essa adaptação cai no erro de, ao invés de captar a essência, querer detalhar muito fatos que podem ser excluidos ou simplesmente não ter a pretensão de ser muito didático. Resultado: realização ruim, atores que não encontraram o tom das personagens ( apesar de Juliete Binoche ser atriz de primeira, aqui se saiu mal) . Emily Bronte dá uma atmosfera sombria ao livro, mas o filme peca por seguir o mesmo caminho da maioria das adaptações desse livro: descrever mecanicamente como se fosse absoluto fato oque a própria autora não diz. Ex.: o lugar comum e enjoado de tão doce da concretização do amor após a morte. Muito piegas! Porém, para alcançar bilheteria, só interpretando da maneira mais banal a história do sofrido casalzinho. Horrível.
Reconheço que seja um filme bom, porém nao me agradou muito, não conheço o livro e por isso ouso dizer que a história é mal contada, pelo rancor exagerado de Heathcliff bem como a origem de sua fortuna antes de se apossar da casa. É um filme mediano com ótima trilha sonora.
O Livro O Morro dos Ventos Uivantes escrito pela escritora britânica Emily Brontë é um daqueles romances que grudam na sua alma e o acompanham por muitos anos após a sua leitura. Impactante ao extremo com personagens fortes e de personalidades tão dispares entre si que rendeu tanto sucesso no mundo literário. Não é à toa que teve inúmeras transposições para o cinema sendo a mais antiga realizada em 1920 e dirigida por A. V. Bramble e a mais famosa em 1939 estrelando Laurence Olivier e Merle Oberon com direção de William Wyler. No site da Wikipédia você pode encontrar outras adaptações deste fabuloso romance. Mas gostaria de comentar aqui o filme O Morro dos Ventos Uivantes dirigido por Peter Kosminsky e estrelado por Juliette Binoche como Catherine Earnshaw e Ralph Fiennes como Heathcliff. Sempre quando assisto a uma produção cinematográfica baseada em literatura fico com um pé a trás. Eu sei que são linguagens diferentes, públicos diferentes e tudo mais. E imagino que roteirizar toda a complexidade da história de Emily Brontë deixa qualquer roteirista de cabelo em pé. Transpor para a tela toda a personalidade instigante, complexa e atormentada de Heatchliff e o caráter de menina mimada, sonhadora e por vezes calculista de Catherine seria impossível e, infelizmente, não foi nesta produção que conseguiram. Adoro Juliette Binoche com seus olhos profundos e tristes e a sua interpretação sempre contida em gestos, mas carregada de emoção. Todavia, nem em mil anos poderia imaginar Juliette Binoche interpretando Catherine Earnshaw. Não mesmo! Nos momentos em que o personagem deveria mostrar-se de uma alegria estonteante de menina mimada ou nas vezes em que deveria ser mesquinha em atormentar seu amado, via-se na tela uma Juliete Binoche fora do contexto. Até suas gargalhadas de “sinhazinha” nos seus vestidos esvoaçantes soavam falsas. Inadequação total para o personagem! Ralph Fiennes, por outro lado, conseguiu transmitir toda a angústia, sofrimento, desprezo e aquele amor enlouquecedor de Heathcliff. Infelizmente o roteirista não conseguiu, mais uma vez, transpor toda a magnitude dos personagens deste fantástico livro para o cinema. Várias passagens foram supridas e Heatchliff foi o que mais perdeu nesta transposição. Seu caráter vingativo, sua origem maquiavélica e aquele amor doentio foi banalizado ou colocado de forma muito a quem deste personagem instigante. Sem contar, claro aquele ambiente um tanto quanto sobrenatural do lugar e as dúvidas relacionadas ao caráter quase diabólico do personagem principal. No livro Heathcliff maltrata a segunda geração com um desprezo enorme e sua arrogância, desprezo e intolerância para com todos, inclusive seu hospede, mal aparecem no filme. Aliás, a segunda geração foi quase toda suprimida (infelizmente) para dar agilidade ao filme. Para quem viu o filme, eu recomendo que corra à livraria mais próxima e compre o livro caso ainda não o tenha lido. Infelizmente não foi desta vez que conseguiram trazer para a sétima arte toda a grandiosidade da obra literária O Morro dos Ventos Uivantes. Meu blog: http://maisde140caracteres.wordpress.com
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