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Anderson
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190 críticas
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3,5
Enviada em 28 de fevereiro de 2024
É inenarrável, pelo menos para gente da minha idade, que já ouviu o LP algumas centenas de vezes, o prazer em ver pela primeira vez após cinquenta anos os bastidores da gravação dessa obra prima. Pode-se enfileirar vários pares de palavras antitéticas para expor as situações que acompanharam a confecção do disco, este sim, "imorrível". O que maculou o intento parece ter sido a tentativa de modernização da "narrativa", tanto em termos visuais quanto de linguagem. O que foi gravado em 1974, com tamanha riqueza de detalhes já poderia constituir tudo o que se deseja ver. A inserção de avaliações atuais de críticos e músicos estrangeiros, parece querer avalizar um disco que já é cultuado internacionalmente. Por que não foi dado aos congêneres brasileiros o mesmo espaço? O machismo extravasa quando se endeusa Tom Jobim, o que não é nenhum demérito, destacando suas qualidades e se representa uma Elis frágil, o que ela nunca foi, e problemática. Por que se mostra a morte dela e não a dele? Por fim, fica uma decepção pela quantidade exígua de números musicais. Os mais jovens talvez não atinjam a compreensão da genialidade do disco, da delicadeza da composição e da interpretação das músicas, eternas, que o compõem. De qualquer forma, obrigatório e delicioso.
Momento maravilhoso de dois gênios, com a fotografia de brilhante de Fernando Duarte... Tensões musicais, que escreveram na história uma das mais belas interpretações, em um momento divino e diabólico, com Tom manipulando as peças.
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