Esse filme até começa promissor, despertando o interesse do espectador com suas primeiras cenas e a interessante atmosfera de terror psicológico, com elementos sobrenaturais intrigantes. Porém, à medida que a trama se desenrola, elas se perdem lentamente, resultando em um enredo fraco e nada cativante. Dessa forma, ele não consegue sustentar sua promessa inicial, entregando sequências previsíveis e entediantes, desperdiçando assim todo o potencial que tinha para ser uma obra envolvente.
Embora tenhamos algumas boas características, como o uso do sorriso como um dos principais elementos de terror, subvertendo sua associação usual com alegria, ela não é suficiente para salvar o filme. Em termos de emoção, ele falha, profundamente, em engajar o espectador e acaba causando tédio com as cenas de susto que carecem de impacto e originalidade. Além disso, os protagonistas são insatisfatórios, pois não conseguem estabelecer uma conexão sólida com o público.
Essa falha em cativar e tornar os personagens relevantes ao longo da trama, contribui para uma sensação constante de tédio no enredo, já que não há uma empatia genuína com seus destinos. No mesmo sentido, os efeitos visuais são insuficientes por não trazerem uma valorização adequada da entidade maligna, que ao final, torna-se decepcionante ao retratá-la com CGI. Esse aspecto compromete ainda mais a experiência do espectador, visto que falha em transmitir a ameaça desejada pela trama.
Outras características importantes do tema, tais como suicídio, traumas e superação, que deveriam ser seu diferencial, são negligenciadas. Como resultado, a reflexão proposta pelo filme fica subdesenvolvida, não permitindo que o público se conecte verdadeiramente com essas questões relevantes. Por outro lado, a trilha sonora se destaca como um ponto positivo, encaixando-se bem nas cenas e contribuindo para a atmosfera de terror, mas não é suficiente para elevar a qualidade geral da obra.